O marinheiro Popeye fez 90 anos em 2019. Mas o aniversário passou em brancas nuvens no Brasil – pelo menos nos quadrinhos, onde o personagem nasceu.
Na França, naquele ano, Popeye ganhou uma revitalização de aniversário – com a participação de um desenhista brasileiro. E não qualquer desenhista brasileiro, mas o mineiro Lelis, um mestre da aquarela admirado nacional e internacionalmente.
Apesar do personagem, apesar do aniversário, apesar de Lelis, nenhuma editora publicou Popeye: un homme à la mer no Brasil.
A Skript Editora resolveu corrigir o problema este ano. Como faz com todos seus projetos, lançou Popeye: um homem ao mar numa campanha de financiamento coletivo via Catarse. O projeto atingiu a meta (baixa, mas já falamos disso) em dez minutos. No momento, já arrecadou por volta de R$ 80 mil, mais de 1000% do mínimo esperado.
O que esperar de um quadrinho com Popeye e Lelis, afinal?
“Não há dúvidas de que foi o melhor resultado que a Skript já alcançou no Catarse”, diz Douglas Freitas, um dos editores da Skript. “Em outras campanhas nós fizemos um valor próximo ao que hoje nós temos nesta campanha, mas foi ao longo de 120 dias. Com Popeye nós alcançamos o patamar superior a 50 mil em alguns dias. Foi impressionante.”
Popeye e Lelis: alguém cogitou que não ia dar certo?
Em entrevista ao Lasercast, Lelis comentou que o projeto surgiu de vários desenhos que fez de Popeye para amigos e para artbooks. Um deles foi para o amigo Antoine Ozanam, roteirista francês com quem ele colaborou em Goela Negra (lançado no Brasil pela Mino).
Ozanam vendeu o projeto à editora francesa Michel Lafon a partir do desenho de Lelis e de um argumento. Além do aniversário de 90 anos, colaborou o fato de que o universo de Popeye nos quadrinhos – criado pelo cartunista E.C. Segar (1894-1938) nas tiras de jornal – está em domínio público. Não há necessidade de negociar com licenciantes.
Na nova história, Popeye é um pescador à moda antiga em Baltimore, EUA, que se pecha (desculpe o trocadilho) com a pesca industrial. A situação muda quando ele descobre um mapa do tesouro.
Mesmo que o personagem esteja em domínio público, Ozanam teve que navegar (desculpe) entre os elementos do personagem que não estão em domínio público.
“Muitos elementos que são famosos no personagem, foram adicionados por outros criadores e na grande parte, nos desenhos animados”, diz Douglas Freitas, da Skript. “A roupa, o vilão Brutus, certos bordões: nada disso está em domínio público. Há dono. O que a editora e os autores fizeram, além de muito respeitoso à origem do Popeye, foi serem muito cautelosos quanto aos limites legais de utilização de elementos em domínio público.”
Esta atenção também cai na tradução para o português (por Márcio dos Santos Rodrigues) e na edição, Douglas explica. O álbum vai explicar o contexto e o que o personagem pode fazer sem editoras e autores levarem processo.
E, antes que você pergunte, o espinafre é coisa dos desenhos animados e não aparece em Homem no Mar.
Mas eu falei que o projeto foi financiado em dez minutos e já arrecadou perto dos R$ 80 mil, com 765 apoiadores. Nisto, tem algumas sacadas da Skript no financiamento coletivo. Em três anos, a editora já lançou por volta de 80 projetos via Catarse. Tem 20 ativos, em arrecadação, neste momento.
Uma das sacadas é definir metas abaixo do valor de produção editorial e gráfica (o projeto não se paga nos 100%) e usar a categoria Flex, garantindo que a HQ vai acontecer mesmo que não atinja a meta. Em termos de mercado, parece arriscado. Mas a editora tem uma explicação.
“Muitas pessoas ainda entendem o Catarse como uma espécie de lançamento mediante resultado”, diz Douglas Freitas. “Com a meta baixa, a gente alcança o 100% muito rápido e dá a segurança necessária para as pessoas que não estão acostumadas com a plataforma a apoiarem o projeto, tendo a certeza de que ele será publicado.”
A grande maioria dos projetos atinge a meta baixa e muitos ultrapassam o custo real de produção. Além de Popeye, Douglas ressalta Fábulas do Velho Mundo, álbum do italiano Sergio Toppi (1932-2012) anunciado há poucos dias e que já arrecadou mais de R$ 50 mil (de uma meta de R$ 7.500).
“Nós usamos o Catarse como um sistema de pré-venda”, resume o editor. “Além de haver uma grande comunidade que já está acostumada a apoiar projetos dentro da plataforma, outros pontos de venda possuem um custo operacional maior que os 13% do Catarse.”
Livrarias como Amazon e distribuidoras ficam com 50 a 70% do preço de capa de um álbum. Mesmo considerando os custos de manuseio, frete e armazenagem por parte da editora, o Catarse leva um percentual pequeno como loja.
Mas a grande sacada, claro, é Popeye e Lelis. Popeye: um Homem ao Mar segue arrecadando até 8 de julho no Catarse e começa a ser enviado para os apoiadores também em julho.
QUADRRINHÔS
Enquanto o Brasil publica quadrinhos da França por brasileiro, a França publica quadrinhos brasileiros por brasileiros. É a dominação mundial!
As editoras Marsam-Le Portillon e Onapratut lançam no mês que vem Quadrinhos: la nouvelle bande dessinée brésilienne, uma antologia de 169 páginas (40 coloridas) com 17 autores brazucas.
Tem Mateus Acioli, Pedro D’Apremont, Eduardo Belga, Luiz Berger, Cynthia B., Pablo Carranza, Rafael Corrêa, Diego Gerlach, Gabriel Góes, Fabiane Langona, Vinícius Mitchell, Daniel Og, Mariana Paraizo, Luli Penna, Stêvz, Aline Zouvi e DW Ribatski, que também assina a capa.
Os editores Elric Dufau e Alain François – que também traduziram as HQs, junto ao brasileiro André Valente - resolveram montar a antologia depois de conhecer Cynthia B. e Pedro d’Apremont em Angoulême.
“Eles que nos passaram contatos dos colegas”, me contou Dufau, por e-mail. “Sabíamos que tinha autores brasileiros sendo publicados na França, mas não tínhamos uma visão global. Quando vimos a variedade de estilos e de abordagens dos assuntos, ficamos com vontade de fazer esse livro coletivo”, ele completa.
A coletânea tem um trecho do Notas do Underground de d’Apremont, a paródia de Archie por Gabriel Góes, quadrinhos experimentais de Mariana Paraizo e Óleo sobre Tela, de Aline Zouvi. No final, um texto da crítica, tradutora e balburdeira Maria Clara Carneiro conta a história do quadrinho brasileiro.
“Vemos que os quadrinhos brasileiros de hoje são feitos por gente influenciada pelo mundo e por todas as eras”, diz o editor Dufau. “É um pouco parecido com a França de hoje. Difícil falar de um estilo que represente todo o mercado.”
QUEM NÃO ASSISTE FALCÃO E SOLDADO INVERNAL…
... é Ed Brubaker, um dos criadores do Soldado Invernal. Assim que o seriado estreou, o escritor comentou na sua newsletter que estava incomodado com a situação com a Disney/Marvel: ele não recebe um centavo pelo uso da sua criação na TV ou no cinema. Nem ele nem o outro criador, o desenhista Steve Epting.
O que estava previsto em contrato, é claro. Quem trabalha para a Marvel Comics entrega integralmente os direitos do que cria à editora e sua matriz, a qual pode fazer filmes e seriados e games e lancheiras e o que mais quiser com personagens, desenhos e tramas, segundo o contrato padrão.
O que Brubaker ressaltou esta semana, numa entrevista ao cineasta Kevin Smith via YouTube, é que não precisava ser assim. E usou algumas frases de impacto para ver se a Marvel toma vergonha na cara.
“Eu devo ser a única pessoa na América que não se empolga com [Falcão e o Soldado Invernal]”, diz o escritor. “Quando eu vejo os anúncios, eu passo mal. Se você é uma empresa, por que você vai querer que os autores se sintam desse jeito?”
Sendo ele mesmo autor de HQs autorais, como Criminal, Velvet e outras, Brubaker diz que tenta fechar o melhor acordo possível com colaboradores – “e se aquilo vira alguma coisa maior, eu ajusto o acordo para que a pessoa sinta que foi bem tratada”, complementa. Ele cita o caso do comediante Dave Chapelle, que conseguiu revisar contratos ruins que fez no início da carreira.
“Não tem nada que impeça alguém da Marvel conferir quanto se usou do Soldado Invernal por aí, ligar pra mim e pro Steve Epting e dizer: ‘Olha só, a gente vai fazer um ajuste no contrato padrão pra vocês ficarem de boa’”, ele sugere.
A birra é antiga. Brubaker e Epting nem foram avisados que o Soldado Invernal seria o mote do segundo filme do Capitão América. Em 2012, ele foi surpreendido por jornalistas ligando para pegar uma declaração sua assim que o título do filme foi anunciado. A trama, apesar de original, se baseava em HQs que ele escrevia desde 2005.
Em 2014, de saída das HQs do Capitão, ele foi convidado para a estreia de Capitão América: Soldado Invernal. “Eu lembro de estar lá assistindo o filme, de um câncer-úlcera em forma de Jack Kirby crescendo na minha barriga e vindo me dizer: ‘É isso aí, garoto. Mas comigo foi cem vezes pior. Então, vai se foder.’”
Fica pior. Brubaker fez uma ponta em Soldado Invernal como um cientista russo que ativa o Soldado Invernal. Teve uma fala, que acabou cortada na edição final. Recebeu pela diária de ator e até hoje recebe participação nos lucros pela “atuação”. “Eu ganhei mais com esses percentuais do que por ter criado o personagem”, ele diz.
Fica pior-pior. “Nesse momento tem alguém no editorial da Marvel assistindo isso aqui e rindo de mim, de eu achar que fui passado pra trás. Tem gente que acha graça da minha infelicidade. Eu sei que isso acontece porque vi eles se comportando desse jeito em relação a outros autores.”
Ele conta que chegou a receber uma proposta de honorários em caráter de “agradecimento”. “Mas era uma quantia tão pequena”, ele conta, “que eu falei: ‘não, eu prefiro manter meu direito de ficar furioso com meu contrato ruim’”.
Fica pior-pior-pior. Pulp, a graphic novel que o autor lançou no ano passado com Sean Phillips – sobre um escritor de faroestes no fim da vida que resolve assaltar um banco porque quer deixar alguma herança para a viúva – partiu de uma experiência real. Há dois anos, Brubaker quase se afogou na praia e conta que, quando chegou perto da morte, seu principal arrependimento foi não ter deixado dinheiro significativo para a esposa. O que considerava absurdo, tendo criado um personagem que apareceu em cinco filmes e um seriado, todos sucessos absurdos de público.
Além disso, Brubaker foi salvo do afogamento por um surfista. E o surfista era fã do Soldado Invernal.
É uma entrevista que tem tudo para ser histórica na relação entre autores e editoras de quadrinhos. Está completa aqui. E Brubaker se soma à lista de autores que começa a se pronunciar aberta e veementemente contra a exploração na Marvel e na DC, como já fez Alex Ross.
O TAO DOS QUADRINHOS
Outra entrevista que circula entre quadrinistas e fãs nos últimos dias: Paul Pope, no site Hazlitt, conversando com Jean Marc Ah-Sen. O autor de Batman: Ano 100, Escapo, 100% e outras disse que ainda vai acabar a série Bom de Briga – que teve um só volume em 2013 – e vai fazer a coleção de THB, a HQ que o lançou nos anos 1990.
E falou de um projeto pouco conhecido: uma adaptação de Laranja Mecânica, de Anthony Burgess, para os quadrinhos, que foi encomendada a ele e ao escritor Grant Morrison pela DC/Vertigo.
Mas o próprio Pope melou o projeto. Ele sugeriu que a história fosse adaptada para os dias de hoje e se passasse em Los Angeles, e que ficasse com um desenhista da cidade. “Não sei se o texto original é contemporâneo para fazer sentido entre os jovens de hoje, por isso eu sugeri. Em termos de adaptação literal, o filme de Kubrick já é perfeito.”
O quadrinho não saiu, Pope e Morrison nunca trabalharam juntos e a Vertigo nem existe mais.
Na entrevista, Pope diz que, depois que der conta dos vários projetos atrasados, vai escrever um “Tao dos quadrinhos”: “um 'Protéptico' sobre a arte dos quadrinhos que, além de definir as ‘regras’ da mídia, vai estabelecer práticas para o quadrinista se sustentar dentro das suas particularidades.”
ROD REIS E “SUCHA”
Mais uma entrevista pra se escutar: o brasileiro Rod Reis conversando com John Siuntres, do famoso podcast Word Balloon – que começou a fazer seu programa também no YouTube.
A maior parte do papo é sobre quadrinhos e sobre o excelente trabalho de Reis em Novos Mutantes (que sai no Brasil na revista X-Men). Mas Siuntres aproveita o papo com um brasileiro para conversar sobre uma obsessão brasileira: Xuxa Meneghel. Ou “Sucha”, como ele diz.
Quando Reis conta a cena de Gillette cantando “Short Dick Man” no Xou da Xuxa em 1995, Siuntres explica como um americano vê o que toda criança brasileira considerava normal: “A banda tocando essa música totalmente inadequada, ela dança… não como uma stripper, mas com certeza sensual, com aquela calça colada, aquelas botas, e as crianças empolgadaças, como se fosse show dos Beatles (...) E tem aquela gente vestida que nem furries dançando com ela. É muito bizarro. E passava de manhã cedo!”
Rod Reis explica todo o histórico xuxesco a Siuntres, diz que toda sua geração foi formada pelo Xou da Xuxa. E também faz comparações inteligentes entre Bolsonaro e Trump. Nosso “piece of shit” dá mais medo. Vale a pena ver ou ouvir o papo.
EMIL FERRIS BOLSISTA
Outra notícia que circulou muito entre os autores na semana passada: Emil Ferris, a autora de Minha Coisa Favorita é Monstro, ganhou uma Guggenheim Fellowship, bolsa de apoio a artistas disputadíssima nos EUA.
Embora a lista de beneficiados pela bolsa seja grande e a Fundação Guggenheim apoie artistas desde 1925, é apenas a segunda vez que um quadrinista consegue o apoio. A única outra beneficiada foi Alison Bechdel (de Fun Home) em 2012.
Não se revela o valor da bolsa, mas se diz que ela fica por volta de US$ 60 mil (R$ 335 mil). Ferris está trabalhando no segundo volume de Minha Coisa Favorita É Monstro, sem data de lançamento.
VIRANDO PÁGINAS
Hideshi Hino, chinês radicado no Japão, autor de Panorama do Inferno, Garoto Verme e outros mangás de terror, completa 75 anos na segunda-feira, dia 19. Anda sumido do Brasil há mais de uma década.
Faz exatamente uma década que Três Sombras, de Cyril Pedrosa, saiu no Brasil pela Quadrinhos na Cia. Apesar de aclamado na época, de ainda estar em catálogo e de Pedrosa ter uma série de outros trabalhos de sucesso no exterior, suas outras HQs são inéditas no Brasil.
Ra’s al Guhl, um dos maiores vilões da história do Batman, completa 50 anos na próxima quinta-feira, dia 22. Ele estreou em Batman n. 232, de 1971, criado por Denny O’Neil e Neal Adams.
The Dreaming, a série que tomou o vácuo de Sandman em 1996 com histórias do Sonhar, completa 25 anos amanhã. A revista durou 60 edições e a maior parte é inédita no Brasil.
Michael Turner completaria 50 anos no dia 21. Um dos desenhistas mais aclamados no quadrinho norte-americano nos anos 1990 e início dos 2000, com Witchblade, Fathom, Soulfire e outros trabalhos, ele faleceu devido a um tumor ósseo em 2008.
UMA PÁGINA
Com fogueira de gibis. De Fredric, William e a Amazona: perseguição e censura aos quadrinhos, de Jean-Marc Lainé e Thierry Olivier. A HQ faz um contraste entre o Dr. Fredric Wertham, psiquiatra em cruzada contra os quadrinhos, e William Moulton Marston, o criador da Mulher-Maravilha que queria usar as HQs para educar. Sai pela Pipoca & Nanquim no final do mês, com tradução de Rafael Meire.
UMA CAPA
De Julian Totino Tedesco para Action Comics n. 1032. Sai em junho nos EUA.
(o)
Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato e autor do livro Balões de Pensamento.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira, virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
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#10 - Mais um fim para o comic book
#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca
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#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
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