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Iron Maiden no Rock in Rio 2013

Grupo causa histeria ao tocar seus maiores sucessos e reafirma supremacia em seu terceiro Rock in Rio

Omelete
4 min de leitura
23.09.2013, às 16H21.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H45

Iron Maiden subiu ao Palco Mundo, para encerrar o Rock in Rio 2013, com "Moonchild", de 1988, single do álbum Seventh Son of A Seventh Son no qual a turnê atual da banda se baseia. O som vindo da plateia era ensurdecedor. O vocalista, Bruce Dickinson, pegou carona na câmera da transmissão, posta sobre um trilho e passeou pela beira do palco para depois dançar com o pedestal do microfone, fazendo a alegria do público.

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Em seguida, tocaram "The Prisoner" e "Two Minutes to Midnight", tornando a histeria absoluta na Cidade do Rock. A atuação do grupo justificava a reação, quase não se via brechas próximo ao palco, o local ficou lotado. Dickinson cantou sobre duas caixas demonstrando uma atitude tremenda. Os guitarristas Adrian Smith e Dave Murray faziam seus papéis de forma arrasadora, enquanto Dickinson corria de um lado a outro do palco. Neste momento, Eddie, mascote da banda, surgiu pela primeira vez no show, no telão atrás do grupo.

"Grite para mim, Brasil!", pedia Dickinson, que provocava: "vocês podem fazer melhor que isso", conseguindo gritos ainda mais altos. O coro de "Maiden, Maiden", ecoava forte no local quando Bruce resolveu puxar papo em português: "tudo bem, Brasil? Obrigado!". O britânico também resolveu fazer piada com as palavras que sabe em português: "caipirinha, cachaça, samba...", dizia ele aleatoriamente antes de emendar outra frase, desta vez em inglês: "como vocês estão? Tiveram uma boa semana? O mundo todo está assistindo vocês agora na TV".

Este é o terceiro Rock in Rio da banda, que se apresentou na primeira edição do festival, em 1985, abrindo para o Queen; em 2001, na terceira edição, foi uma das bandas principais. "Afraid to Shoot Strangers" foi apresentada por Bruce, em tom de pesar, comentando que a música tinha tudo a ver com as notícias recentes do mundo. O público cantou junto cada faixa, sempre entoando o já conhecido "Olê, olê, olê, olê, Maiden, Maiden", durante os intervalos.

No momento em que começariam "The Trooper", Bruce vestiu seu tradicional uniforme de soldado e com uma bandeira do Reino Unido nas mãos deu início à canção. Em "The Number of The Beast", a comoção do público foi gigantesca. A locução antes da música foi acompanhada pelos fãs que anteciparam o coro de "six, six, six" (seis, seis, seis). A faixa teve labaredas e uma enxurrada de cores e luzes no palco, formando um cenário ainda mais impressionante. Logo em seguida, veio o anúncio de "The Phantom of the Opera", com um show de interpretação.

"Run to The Hills" foi ovacionada e teve Eddie surgindo ao vivo no palco, interagindo com a banda. "Wasted Years" causou uma recepção semelhante da plateia e "Seventh Son of A Seventh son" trouxe mais uma versão de Eddie ao telão. O instrumental roubou a cena por alguns minutos e recebeu aprovação da plateia. A apresentação solo de Steve Harris foi uma das mais aplaudidas.

Na sequência veio "The Clairvoyant", com uma nova carona do vocalista sobre a câmera do palco. "Are you still having a good time, Rio?", perguntava Bruce, que iniciava a famosíssima "Fear of the Dark", sucesso de 1992. Logo nos primeiros acordes o hit levantou o público, que cantou junto e se surpreendeu com o improviso do líder da banda que criou o "Rock in Rio in the Dark". O Maiden então puxou a música que leva o nome da banda, e a pedidos do vocalista de: "grite para mim, Rio", incendiou o povo.

O Iron Maiden se despediu, saiu do palco, mas diante do insistente pedido do público voltou para o bis. Enquanto imagens no telão eram exibidas ao som do discurso de Winston Churchill, o grupo se prepara para soltar uma trinca de sucessos: "Aces High", "Evil That Men Do" e "Running Free". Eles ainda arrumaram tempo para fazer uma brincadeira: "a cerveja aqui é tão ruim que tive que trazer a minha", disse pegando uma gelada da marca lançada pela banda. E encerrou o Rock in Rio com uma promessa: "esta é a terceira vez no Rio, mas não será a última, prometo". De fato, o grupo deixou o palco com a certeza de ter marcado na história do festival uma das mais memoráveis apresentações de 2013.

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