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Oscar 2016 | Academia anuncia reformulação em suas regras após polêmica racial

Mudanças entrarão em vigor ainda em 2016

22.01.2016, às 17H51.
Atualizada em 05.11.2016, ÀS 00H02

A falta de representação negra no Oscar 2016 - que já gerou boicotes de figuras da indústria como Spike Lee, Jada Pinkett Smith e Will Smith - pode se tornar mais rara graças à uma reformulação nas regras da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

Uma votação unânime entre os membros do conselho de reguladores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas promete implementar mudanças que dobrarão o número de mulheres e pessoas de diversas etnias entre os membros da instituição até 2020.

Uma dessas mudanças, a ser implentada ainda em 2016, colocará uma validade de dez anos para o status de votante de cada membro. A renovação desse direito só acontecerá se o membro se mantiver ativo na indústria na última década. Aqueles com mais de 30 anos de filiação receberão o direito vitalício de votar. Isso também vale para aqueles que conseguirem uma indicação ao Oscar.

Isso significa uma mudança drástica na premiação, já que os inativos na indústria há mais de uma década não terão o direito de votar, mas manterão os outros benefícios como membros. Aqueles indicados ao Oscar anteriormente terão o voto entre seus direitos na instituição.

Ao mesmo tempo, a Academia lançará uma ambiciosa campanha global buscando identificar e recrutar novos e qualificados membros que representem um aumento na diversidade da instituição.

Buscando efeitos imediatos, três novos reguladores serão acrescentados ao conselho. Eles serão anunciados por Cheryl Boone Isaacs, presidente da Academia, e terão um período de três anos em seus novos postos.

Isaacs, que já expressou seu descontentamento com a falta de diversidade dos indicados à premiação em 2016, liderou os esforços para efetivar esssas mudanças ao lado do regulador Phil Robinson e seu conselho.

A cerimônia de entrega acontece em 28 de fevereiro.