A 90ª edição do Oscar está chegando e preparamos um especial explicando cada categoria do prêmio. Abaixo detalhamos o prêmios de Melhores Efeitos Visuais:
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- Conheça os indicados ao Oscar 2018
- 18 curiosidades sobre os indicados
- 13 esnobados do Oscar 2018
- Leia as críticas e saiba como ver os filmes indicados
- Reações dos indicados ao Oscar 2018
- Conheça os indicados em Melhor Direção
- Conheça os indicados a Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante
- Conheça os indicados a Melhor Animação
- Saiba mais sobre a categoria de Melhor Filme Estrangeiro
MELHORES EFEITOS VISUAIS
Presente desde o início da premiação, ora como troféu honorário, ora como estatueta oficial, a categoria acompanhou o desenvolvimento da tecnologia, premiando os profissionais (com um limite de quatro indicados) que contribuíram na criação e produção dos efeitos visuais de um filme.
Assinados por John Nelson (Homem de Ferro), Gerd Nefzer (Capitão América: Guerra Civil), Paul Lambert (O Caçador e a Rainha do Gelo) e Richard R. Hoover (Os Smurfs 2), os efeitos visuais de Blade Runner 2049 chamaram a atenção por lembrar o visual do filme clássico e também apresentar duas cenas impressionantes: a jovem Rachael e a sequência que funde Joi com Mariette. Em entrevista ao Digital Trends, Nelson revela que o filme teve aproximadamente 1.200 efeitos visuais. “Todos da produção amaram o projeto profundamente. Amamos o diretor e certamente amamos o filme original, então todos realmente trabalharam muito duro. Sei que estou na indústria como alguém que trabalha muito, e provavelmente trabalhei mais horas nesse filme do que em qualquer outro. Acho que é porque todos queriam que esse filme fosse tudo o que poderia. E acho que fizemos isso”.
Os indicados pelo filme da Marvel são Christopher Townsend (Vingadores: Era de Ultron), Guy Williams (Jogos Vorazes: Em Chamas), Jonathan Fawkner (Doutor Estranho) e Dan Sudick (Pantera Negra). Além dos efeitos visuais de Rocket Raccoon, o longa se destacou com a criação do Planeta Ego e da dança de abertura do Baby Groot, que teve um vídeo do diretor James Gunn como base - saiba mais. Falando ao Digital Trends, Townsend explica que a sequência em questão levou mais de 1 ano para ficar pronta: “Foi extremamente complicado. Levamos entre 14 e 15 meses para essa única cena. Ficamos vários meses na fase de pré-visualização, quando você tenta trabalhar tudo de forma animada para descobrir o que você vai fazer e como vai conseguir isso. Tudo foi baseado em uma linha do primeiro roteiro de James [Gunn], que era algo como ‘e então há a sequência de títulos mais incrível de todas’”. Já sobre as cenas do Planeta Ego, o supervisor afirma que o trabalho foi junto com o designer de produção Scott Chambliss e eles pesquisaram várias capas de álbuns dos anos 70 e 80 para chegar ao visual que James Gunn desejava.
Stephen Rosenbaum (vencedor do Oscar em 2010 por Avatar), Jeff White (Transformers: A Era da Extinção), Scott Benza (O Exterminador do Futuro: Gênesis) e Mike Meinardus (Círculo de Fogo: a Revolta) são os indicados pelos efeitos visuais de Kong: A Ilha da Caveira. Como não poderia ser diferente, o maior destaque de efeitos visuais do longa é o próprio King Kong, ao lado das outras criaturas da história. Como o personagem já apareceu diversas vezes no cinema, Jeff White explica que quis uma abordagem diferente para o animal no novo longa: “Número um: não pensamos em um gorila. Número dois: não pensamos necessariamente em outras versões do Kong, mas certamente procuramos inspiração no filme original de 1933”. Já a captura de performance do personagem teve Terry Notary (Warcraft), que fez grande parte das cenas, e Toby Kebbell (também de Warcraft), que fez sequências com menos ação e mais movimentos do rosto do King Kong.
Planeta dos Macacos - A Guerra
Planeta dos Macacos: A Guerra é representado na categoria por Joe Letteri (Mogli: o Menino Lobo), Daniel Barrett (Velozes e Furiosos 7), Dan Lemmon (também de Mogli: o Menino Lobo) e Joel Whist (Batman vs Superman - A Origem da Justiça). O longa é um dos favoritos da categoria (e dos fãs), principalmente pela emoção mostrada nos macacos feitos por captura de performance. Na trama, Andy Serkis faz novamente o papel principal de César, que precisa lidar com perdas e seus instintos mais sombrios. Falando ao The Verge, Joe Letteri afirma que muitas tecnologias evoluíram desde o primeiro filme da franquia, mas a base do trabalho é a mesma: “Existem avanços técnicos, mas eles estão nos bastidores. Eles estão ligados com encontrar formas melhores de conectar sistemas, colocar dispositivos sem fio juntos e garantir que todos os dados serão transmitidos sem nenhuma queda. Mas o aspecto fundamental de como tudo funciona ainda é o mesmo: você sempre está tentando filmar cada ângulo possível do que os atores estão fazendo, para reconstruir isso depois”.
“A escala do filme é o aspecto mais difícil, quando você tem mais de 2 mil cenas e os efeitos visuais estão presentes em quase todas elas”, explica Ben Morris (Gravidade), supervisor de efeitos visuais do Episódio VIII, indicado ao Oscar ao lado de Mike Mulholland (Vingadores: Era de Ultron), Neal Scanlan (Prometheus) e Chris Corbould (Star Wars: o Despertar da Força). O filme teve desde cenas grandiosas no espaço (como a sequência com a Almirante Holdo), até momentos fofos, com os animais que habitam a ilha de Ahch-To. Porém, apesar de toda essa dificuldade, Morris explica o motivo do sucesso: “A coisa incrível sobre a Lucasfilm e os cineastas, em um projeto como esse, é que todos são fãs de Star Wars desde a infância, então chegamos às reuniões tão empolgados quanto desafiados”.
O Oscar 2018 acontece em 4 de março, com apresentação de Jimmy Kimmel. Confira a cobertura completa do Omelete no site e nas redes sociais.