Todo ano é a mesma coisa: saem os indicados a melhores quadrinhos do Festival d’Angoulême e eu passo horas, dias, semanas lambendo aquela tabela de capinhas. Não sei do que trata a grande maioria. Quero ler todas.
Este ano os indicados ganharam o nome “sélections officielles”. Eu gostava de quando eles chamavam de “les essentiels d’angoulême”. Os quadrinhos essenciais que as editoras da França e da Bélgica publicaram no ano que passou.
Este ano são 46 essenciais. O número muda de ano para ano. Destes 46, vão sair o Fauve d’Or (álbum do ano), o prêmio especial do júri, o prêmio de série, o prêmio de revelação e, às vezes, o prêmio de ousadia (tipo “HQ de vanguarda”).
Há outras listas de concorrentes: Patrimoine (material histórico), Jeunesse (infantojuvenis), Polar (policial), Eco (gibis com temática ecológica). As listas também servem de base para outros prêmios.
No total, são 85 concorrentes. É muito quadrinho. Que não representam nem 2% do que o mercado franco-belga publica em um ano: por volta de 5000 álbuns. Para comparação, tudo que saiu de quadrinho no Brasil em 2022 não soma nem metade (segundo o Guia dos Quadrinhos). É muito quadrinho.
O site do Festival d’Angoulême é o mais organizado que eu já vi quando se trata dos prêmios. A única coisa esquisita é que, na primeira página, você só vê o nome da obra e editora – nada do(s) autor(es). De qualquer maneira, você pode clicar em uma capinha e acessar detalhes da edição, uma boa nota biográfica e páginas de preview. Ainda dá para baixar um livreto com as informações principais (PDF aqui).
No livreto, você descobre que todos os álbuns da Sélection Officielle são distribuídos a 200 bibliotecas da região de Paris. Para mobilizar o povo francês a ler e debater a premiação. Isso não é só coisa de Primeiro Mundo: é fora da realidade para todo o mundo dos quadrinhos.
Fora a sequência de capas lindas, outra coisa que choca na lista de indicados é a variedade. Assim como o estereótipo do quadrinho dos EUA era o gibi de super-herói, os estereótipos do quadrinho francês eram o álbum de humor metido a Asterix e o de ficção histórica, suspense, policial etc. metido a Blake e Mortimer. Capa dura e 48 páginas, colorido.
Embora em algumas livrarias pareça que o estereótipo se mantém, o mercado de quadrinho francês está bem mais diversificado de uns vinte anos para cá (o norte-americano também). Tem muito mangá, por exemplo. O quadrinho dos EUA está ali: este ano não tem super-heróis entre os indicados, mas às vezes eles aparecem. E os estilos de desenho cobrem todo o espectro da ilustração contemporânea.
Se você for ler a respeito de cada obra, descobre que a variedade também é internacional: além dos franceses, belgas e japoneses, tem quadrinho sueco, australiano, coreano, alemão, argentino e marroquino. É bom lembrar que, no ano passado, o Fauve d’Or ficou com um brasileiro.
E tem quadrinho sobre tudo. Tem quadrinho com temas que você nem imagina.
Roxanne vend ses culottes, de Maybelline Skvortzoff, trata de uma garota que vende suas calcinhas usadas na internet. Naphtaline, da argentina Sole Otero, é um recorte autobiográfico sobre quando a autora foi morar e filosofar no apartamento da vó. Khat: jornal d’un réfugié, do espanhol Ximo Abadía, é o que diz o título: o diário de um refugiado da Eritreia tentando chegar à Espanha. A série Intraitable, de Choi Kyu-Sok, mostra as lutas sindicais na Coreia do Sul do início do século. Merel, de Clara Lodewick, mostra a vida na zona rural. Beta… Civilisations vol. 2, do alemão Jens Harder, é o terceiro volume da quadrilogia que conta a história do planeta Terra.
Mais do que as capas, circular por essa lista de indicados de Angoulême é descobrir que o mundo dos quadrinhos é maior do que você imagina.
Não que as capas não sejam um assombro. Já viu a de Les Pizzlys, de Jérémie Moreau?
A diversidade que se vê nos indicados franceses é parecida com a diversidade que vê cada vez mais no mercado de quadrinhos brasileiro – e nos prêmios brasileiros. Prova disso é que muitos dos indicados já saíram aqui ou são de autores que o leitor daqui conhece.
Chartwell Manor, de Glen Head, e O Peixe Mágico, de Trung Le Nguyen (este, dos indicados infantojuvenis) saíram recentemente no Brasil, por exemplo. O Departamento da Verdade, de James Tynion IV e Martin Simmonds, está quase nas lojas. As edições brasileiras de Boys Run the Riot, de Keito Gaku, e Horimya, de Daisuke Hagiwara (ambas dos indicados infantojuvenis) estão praticamente sintonizadas com o que já saiu na França.
O Árabe do Futuro, de Riad Sattouf, concorre com seu sexto e último volume – e já ganhou dois prêmios em Angoulêmes passadas. Aqui a série é editada pela Intrínseca, que ainda não divulgou data para os dois finais. A Mino começou a publicar a série de álbuns Reckless, de Ed Brubaker e Sean Phillips, no ano passado e logo chega ao volume (três) que concorre a Angoulême: Destroy All Monsters.
O Segredo da Força Sobre-Humana, de Alison Bechdel, Spa, de Erik Svetoft, e Darwin’s Incident, de Shun Umezawa, já foram anunciadas por editoras daqui. Autores como Jason, Tom Gauld, Shuzo Oshimi e Kerascoet não deviam ser estranhos ao leitor brasileiro. Planetes, de Makoto Yukimura, foi publicada integralmente no Brasil. Assassinato por Controle Remoto, de Paul Kirchner, que concorre nos indicados policiais, já saiu aqui nos anos 1980.
O álbum querido da crítica este ano é La Couleur des Choses (a cor das coisas), do suíço Martin Panchaud. Publicado primeiramente em alemão, o quadrinho tem uma sacada vanguardista de tratar todos os personagens como bolinhas, como se observadas do alto. Tudo é geométrico ou pega imagens que lembram clip-art.
Se você diz que Chris Ware lembra aqueles manuais de segurança na poltrona do avião, vai achar Ware elaborado. Couleur des Choses é o limite narrativo do infográfico.
Só que Choses já ganhou um prêmio importante, o Grand Prix de la Critique, dado pela associação de críticos e jornalistas especializadas em HQ, a ACBD. Angoulême já repetiu o prêmio de ACBD, mas prefere não.
Os júris de Angoulême costumam premiar aquela HQ que ainda não teve destaque e que, na visão deles, merece. Qual seria o caso neste ano? Bom, mesmo que eu tivesse lido um bom número dos indicados, sempre é uma surpresa.
Também pode acontecer de o prêmio homenagear La Dernière Reine, do veteranaço Jean-Marc Rochette (O Perfura-Neve). Rochette, 66 anos e 42 de HQ, anunciou recentemente que Reine é seu último álbum.
O resultado prático de ganhar Angoulême não é só o troféu e prestígio, mas vendas. Não é só a imprensa especializada em quadrinhos que noticia e entrevista os vencedores – são os grandes canais de TV, os jornais e as revistas da França. As livrarias destacam os premiados. Num país que consome muito quadrinho, o prêmio é referência para leitura e para compras.
Foi assim, por exemplo, que Escuta Formosa Márcia ganhou uma nova tiragem de 12 mil exemplares logo após a premiação no ano passado. Foi mais do que duas vezes a tiragem que o álbum tinha antes do prêmio – e exatamente duas vezes a tiragem brasileira do trabalho de Marcello Quintanilha.
Os concorrentes deste ano também estão cientes dos números que o mercado editorial francês divulgou na semana passada, bem favoráveis aos quadrinhos. O livro mais vendido na França em 2022 foi uma BD: Le Monde Sans Fin, de Christophe Blain e Jean-Marc Jancovici. Lançada no final de 2021, a HQ já vendeu 514 mil exemplares – está na 21ª tiragem em menos de dois anos.
Ela não está sozinha. Entre os 50 livros mais vendidos do ano na França, 18 são quadrinhos. Árabe do Futuro vol. 6 está na 12ª posição e é seguido por uma pilha de mangás: One Piece, Spy X Family, Naruto, Demon Slayer, além de franco-belgas de vendas fortes como Mortelle Adele, Blake & Mortimer e Lucky Luke.
Os franceses não só têm muito quadrinho, eles também compram muito quadrinho.
Sempre confiro a lista de indicados de Angoulême, mas este ano tenho um motivo umbiguista: se tudo der certo, vou conferir os quadrinhos na minha mão, no final deste mês, durante o Festival. Vai ser minha primeira visita a Angoulême, exatamente quando o evento completa 50 anos.
Além de pensar numa cobertura para futuras colunas, também vou em missão oficial para falar do quadrinho brasileiro com editores e com o público que estiver interessado. Depois eu conto como foi.
Mas eu já prevejo que a experiência vai ser bastante parecida com a minha visita anual à lista de indicados de Angoulême na tela do computador. Considerando o câmbio proibitivo euro-real e o limite de peso na mala, provavelmente vou continuar babando nas capinhas sem comprar nada.
Ok, serão caponas, grandes, aquele formatão europeu na minha mão, e não pixels. Pode ser até que eu folheie. Não sei se consigo mais do que isso.
Só estou juntando uns caraminguás para levar, pelo menos, Les Pizzlys. É só eu não converter 30 euros para reais e ser feliz.
LAS ALTERNATIVES
Este ano não tem brasileiros concorrendo nas categorias principais do Festival d’Angoulême. Mas eles estão em uma categoria meio escondida, em que os brasileiros são presença garantida há alguns anos: a de Quadrinho Alternativo.
Este ano, a presença brasileira é mais fortes do que em outros. Cinco títulos brésilliens estão na disputa:
- A revista Café Espacial, capitaneada por Sérgio Chaves e Lídia Basoli
- A Maria Magazine, de Henrique Magalhães, Edgard Guimarães e Wiverson Azarias (Marca de Fantasia)
- A antologia Ragu 9, editada por Mitie Taketani, João Lin, Christiano Mascaro e João Pinheiro (Cepe)
- Rocha Navegável, de Fábio Costa e Igor Souza (RV Cultura e Arte)
- Sem Olhos ou Ecos de Maria, de Guilherme E Silveira (Risco Impresso)
O prêmio é dado há 42 anos, quase a mesma idade do Festival. Embora o vencedor costume ser francês, há vários concorrentes internacionais e, vez por outra, uma HQ alternativa croata, suíça, chinesa ou italiana vence. O Brasil já teve concorrentes várias vezes, mas nunca ganhou o prêmio.
Fora o Brasil, o outro concorrente não-francês com mais inscritos entre os 40 indicados é Filipinas.
VIRANDO PÁGINAS
O cinesseriado Superman estreou em 5 de janeiro de 1948, há 75 anos. Foi a primeira aparição do Super nas telonas, interpretado por Kirk Alyn, em uma série de 15 episódios de mais ou menos quinze minutos cada um. Chegou aos cinemas do Brasil no mesmo ano.
Cebolinha ganhou sua plimeila levista em janeilo de 1970 e tlês, há 50 anos. O pelsonagem já tinha mais de uma década nas tilas de jolnal. A plimeila edição foi a estleia nos quadlinhos do Louco, do polco Chauvinista e da Losinha, namolada de Chico Bento. Cebolinha teve 168 edições, até 1986.
X-Men: o Conflito de uma Raça estreou a série Graphic Novel da editora Abril em janeiro de 1988, há 35 anos. Os álbuns trariam material variado, de heróis Marvel e DC a autores europeus e Will Eisner, até 1992. O Conflito de uma Raça será republicada este mês pela Panini com o título X-Men: Deus Ama, o Homem Mata.
Henfil, ou Henrique de Souza Filho, faleceu em 4 de janeiro de 1988, há 35 anos. Um dos principais nomes do quadrinho, das charges e do humor brasileiro, Henfil foi criador da revista Fradim, de personagens como Graúna e Bode Orelana e tentou carreira nos syndicates dos Estados Unidos. Faleceu devido a complicações da AIDS em ponto alto da carreira, aos 43 anos.
UMA CAPA
De Journal Inquiet d’Istanbul, de Ersin Karabulut. Que foi uma das minhas melhores leituras do final de ano e que eu achava que era concorrente em Angoulême, mas não é. Os outros têm que ser muito bons para competir com esse.
Como Karabulut já é publicado no Brasil, não deve tardar para sua autobiografia aportar aqui. A espera vai valer a pena.
DUAS PÁGINAS
De Thieves, de Lucie Bryon, outra leitura excepcional deste fim de ano. Romance adolescente com ares de Laura Dean Vive Terminando Comigo, é excepcional pela capacidade e a criatividade de Bryon como ilustradora – e uma ilustradora que sabe criar personagens que você tem vontade de acompanhar. Melhor pacote.
(o)
Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor dos livros Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos e Balões de Pensamento 2 – ideias que vêm dos quadrinhos.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
#100 – O (meu) cânone dos quadrinhos
#99 – A melhor CCXP de uns, a pior CCXP de outros
#98 – Os prêmios e os quadrinhos que vão valer em 2047
#97 – Art Spiegelman, notável
#96 – O mundo quer HQ brasileira
#95 – A semana do Brasil e do quadrinho brasileiro
#94 – Todo fim de ano um engarrafatarse
#93 – Um almoço, o jornalismo-esgoto e Kim Jung-Gi
#92 – A semana mais bagunçada da nossa história
#91 – Ricardo Leite em busca do tempo
#90 – Acting Class, a graphic novel queridinha do ano
#89 – Não gostei de Sandman, quero segunda temporada
#88 – O novo selo Poseidon e o Comicsgate
#87 – O mundo pós-FIQ: você tinha que estar lá
#86 – Quinze lançamentos no FIQ 2022
#85 – O Eisner 2022, histórico para o Brasil
#84 – Quem vem primeiro: o roteirista ou o desenhista?
#83 – Qual brasileiro vai ao Eisner?
#82 – Dois quadrinhos franceses sobre a música brasileira
#81 – Pronomes neutros e o que se aprende com os quadrinhos
#80 – Retomando aquele assunto
#79 – O quadrinista brasileiro mais vendido dos EUA
#78 – Narrativistas e grafistas
#77 – George Pérez, passionate
#76 – A menina-robô que não era robô nem menina
#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade
#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas
#73 – Toda editora terá seu Zidrou
#72 – A JBC é uma ponte
#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades
#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor
#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina
#68 – Quem foi Miguel Gallardo?
#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes
#66 – Mais um ano lendo gibi
#65 – A notícia do ano é
#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?
#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?
#62 – Temporada dos prêmios
#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca
#60 – Vai faltar papel pro gibi?
#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo
#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor
#57 - Você vs. a Marvel
#56 - Notícias aos baldes
#55 – Marvel e DC cringeando
#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.
#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio
#52 - O direct market da Hyperion
#51 - Quadrinhos que falam oxe
#50 - Quadrinho não é cultura?
#49 - San Diego é hoje
#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso
#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990
#46 - Um clássico POC
#45 - Eisner não é Oscar
#44 - A fazendinha Guará
#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade
#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos
#41 - Os quadrinhos são fazendinhas
#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo
#39 - Como escolher o que comprar
#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal
#37 - Desculpe, vou falar de NFTs
#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade
#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem
#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional
#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne
#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil
#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso
#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua
#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo
#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel
#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil
#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio
#25 - Mais brasileiros em 2021
#24 - Os brasileiros em 2021
#23 - O melhor de 2020
#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo
#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries
#20 - Seleções do Artists’ Valley
#19 - Mafalda e o feminismo
#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos
#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo
#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?
#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil
#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee
#13 - Cuidado com o Omnibus
#12 - Crise criativa ou crise no bolo?
#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix
#10 - Mais um fim para o comic book
#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca
#8 - Como os franceses leem gibi
#7 - Violência policial nas HQs
#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje
#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês
#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics
#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona
#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler
#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee
(c) Érico Assis