Green Day, The Rolling Stones e Taylor Swift (Reprodução/Montagem Omelete)

Créditos da imagem: Green Day, The Rolling Stones e Taylor Swift (Reprodução/Montagem Omelete)

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Rolling Stones, Taylor Swift e mais: lançamentos musicais imperdíveis de outubro

Tomorrow X Together, Troye Sivan e Green Day movimentaram o mundo da música

Omelete
1 min de leitura
31.10.2023, às 09H28.
Atualizada em 31.10.2023, ÀS 09H39

Mês bom pra ser fã de rock n’ roll! Em outubro, o The Rolling Stones retornou com o seu melhor álbum em décadas, e o Green Day lançou o primeiro single de um disco que promete dominar o começo de 2024. Mas é claro que o pessoal do pop não ficou para trás: da Coreia do Sul vieram Taemin, Tomorrow X Together e Sunmi, enquanto desse lado do Atlântico tivemos um discaço do Troye Sivan e outro dos aguardadíssimos Taylor’s Version de Taylor Swift. Confere tudo isso e mais na nossa lista.

"Space" - NCT 127

O novo álbum do NCT 127 faz jus à reputação do grupo como líderes da experimentação dentro do mercado exigente do k-pop. Apesar de passear por muitos gêneros, Fact Check nunca deixa de lado o comprometimento com bons ganchos melódicos e com a construção de ecossistemas sintetizados impecavelmente envolventes. “Space”, com seu refrão quase falado por cima de instrumental grave, representa talvez o acerto mais óbvio do disco, mas faixas como “Yacht” e “Je Ne Sais Quoi” não devem passar despercebidas.

“What’s the Time Where You Are?” - Troye Sivan

Se o álbum Something to Give Each Other conseguisse manter a pegada das primeiras músicas durante toda a sua duração, não seria só um dos melhores discos pop do ano de 2023: seria uma obra-prima de proporções históricas. Olhe para a espetacular “What’s the Time Where You Are?”, com sua melodia cíclica viciante, seus snippets de voz espertos (una puta locura! what the fuuuuck?”), seu pianinho misturado aos sintetizadores graves da house music, e seu bom humor atrevido na letra (estou no topo dessa batida/mas queria que fosse você)... Olhe para tudo isso, e me diga se não é material de obra-prima!

"ForNever" - Yesung

O combo de baladas tradicionais e performances vocais suaves de Yesung, membro do Super Junior, vende bem na Coreia do Sul natal do astro, mas pode se tornar um pouco monocromático para fãs ocidentais. Por sorte, de quando em quando ganhamos uma “ForNever”, que nos lembra do valor de uma boa melodia e de um violão dedilhado, transportando o ouvinte sem escalas até uma época menos complicada de canções pop, lá nos anos 1990. Os 2:30 de duração são uma concessão desafortunada aos tempos modernos, mas até deixamos passar.

"Whole Wide World" - The Rolling Stones

Difícil escolher uma faixa só do excelente novo álbum do The Rolling Stones, Hackney Diamonds, mas acredito que “Whole Wide World” reúne tudo o que o disco tem de melhor: começando com (mais) um riff de guitarra indefectível de Keith Richards e evoluindo para mostrar uma das melodias mais viciantes que ele e Mick Jagger já escreveram, a canção traz aquela mistura deliciosa de blues e rock n’ roll que faz da banda britânica uma das maiores joias dos últimos 100 anos da música popular global - e, ainda por cima, sua energia alucinante prova que eles estão longe de pendurar as chuteiras.

"Chasing That Feeling" - Tomorrow X Together

Coleção irrepreensível de pérolas dançantes sofisticadas construídas em torno de excelentes ganchos melódicos (o gold standard é “Back for More”), intercaladas com flashbacks calculados para o pop rock dos anos 2000, The Name Chapter: FREEFALL coroa a nova fase do Tomorrow X Together como uma evolução óbvia da trajetória de um dos grupos de k-pop mas artisticamente íntegros de sua geração. O single “Chasing That Feeling”, com seus sintetizadores de Eurythmics modulados no tom de “As It Was” (alguém faz esse mashup, por favor?), é prova cabal desse amadurecimento muito bem-vindo.

"The American Dream is Killing Me" - Green Day

Pode ser que o Green Day nunca mais consiga capturar o zeitgeist de sua época e criar uma obra que o defina, como fez com o American Idiot - mas isso não os impede de continuar criando canções densas e interessantes a partir de ideias melódicas simples, como vêm fazendo há décadas. “The American Dream is Killing Me”, com sua bridge melodramática e seu solo de guitarra antêmico (sem nem falar do clipe em preto e branco com zumbis, que carrega com orgulho a tradição de comentário social do subgênero), é o primeiro sinal de que o próximo disco da banda - Saviors, marcado para 29 de janeiro - deve ser o melhor em eras.

"Stranger" - Sunmi

Sim, eu sei: não é fácil se acostumar com a estrutura extremamente fragmentada de “Stranger”, o novo single do ícone do k-pop Sunmi. Mas seria remisso da minha parte não incluí-lo aqui, especialmente tendo em vista as camadas de narrativa que o clipe adiciona à canção, reinterpretando a história do Frankenstein para posicionar a artista como criadora e criatura de sua própria imagem mercadológica. É uma narrativa de tomada de poder potente, que adoça as escolhas excêntricas da produção de “Stranger”, com suas guitarrinhas de reggae e tecladinhos de Halloween sobrepostos a um refrão quase rappeado no timbre inconfundível de uma das artistas pop mais expressivas de sua época.

"Eyes Roll" - (G)I-DLE

É uma tristeza que o (G)I-DLE tenha que ter “perdido os dentes” para fazer sua estreia oficial no mercado ocidental. Diante do kitsch abertamente progressista de uma “Tomboy”, as canções do EP em inglês Heat empalidecem, mas “Eyes Roll” ainda retém um pouco do desafio que fez do grupo um fenômeno no k-pop. Com sua letra sugestivamente sáfica (na mesma medida que “Jolene” é sáfica, para citar um pilar estadunidense) e sua produção inspirada na house music desavergonhada dos anos 2000 (atenção para o trompete no pré-refrão!), a faixa ainda é uma prima pobre de “Oh My God”, clássico de 2020 do (G)-IDLE - mas isso é mais do que se pode dizer do restante do disco.

"She Loves Me, She Loves Me Not" - Taemin

O retorno solo de Taemin após o exílio imposto do serviço militar obrigatório sul-coreano tomou a forma inesperada de Guilty, um álbum tingido de uma sensualidade R&B muito mais suave do que as investidas dance que marcaram a carreira pregressa do integrante do SHINee. Mas não se preocupem - alguns anos de silêncio depois, ele segue brilhante. “She Loves Me, She Loves Me Not” incorpora bem o encanto dessa nova fase com sua melodia redondinha e sua multiplicidade de corais apoiando o timbre aéreo de Taemin, que voltou mais expressivo do que nunca. Se você quer algo mais épico, a canção-título “Guilty” é a melhor pedida, mas a receita toda está aqui.

"Suburban Legends" - Taylor Swift

O aguardado Taylor's Version de 1989 chegou já repleto de hits, claro, mas as faixas From the Vault vieram com uma sensação diferente do esperado: as cinco inéditas se assemelham muito mais à era de Midnights do que à própria fase de 1989 - mas isso não é problema algum. Entre as cinco ótimas músicas sobre corações partidos, a que mais representa a nova atmosfera é, talvez, "Suburban Legends", que enterra um amor do passado com dor, mas muita nostalgia. (Por Julia Sabbaga)

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