Annaleigh Ashford em Happy Face (Reprodução)

Créditos da imagem: Annaleigh Ashford em Happy Face (Reprodução)

Séries e TV

Entrevista

Annaleigh Ashford explica fato e ficção em Happy Face: “True crime diferente”

Omelete conversou com Ashford e com Khiyla Aynne, que vivem mãe e filha na série

Omelete
6 min de leitura
03.04.2025, às 06H05.

Happy Face é true crime… até a página dois. Segundo a estrela Annaleigh Ashford, que interpreta a personagem real (e produtora da série) Melissa G. Moore, a separação entre fato e ficção no roteiro foi uma das coisas que mais a atraíram para o projeto - isso sem contar a forma como Happy Face tira o foco do serial killer da vez (o Assassino Happy Face, vivido por Dennis Quaid) para colocá-lo nas mulheres afetadas por ele.

A seguir, Ashford - figurinha carimbada da Broadway e da TV, vencedora do Tony e recém-saída de uma indicação ao Emmy por Bem-Vindos ao Clube da Sedução - e sua colega de elenco Khiyla Aynne conversam com o Omelete sobre essa abordagem inovadora a um dos gêneros mais populares dos últimos anos... e muito mais, é claro.

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Happy Face está em exibição no Brasil pelo Paramount+, com episódios semanais, sempre às quintas-feiras. Confira a entrevista completa abaixo!

OMELETE: Annaleigh, eu preciso dizer que sou um grande fã seu desde que vi Masters of Sex, e é incrível como você demonstrou sua versatilidade desde então. Com Happy Face, está caindo de cabeça no true crime - você era fã do gênero? O que te fez dizer ‘sim’ para este papel?

ASHFORD: Obrigado! Eu sempre fui fã de true crime, sim, mas minha mãe é a verdadeira aficionada. Sempre que uma nova série está saindo, ela me avisa e começamos a conversar sobre. Mas sinto que Happy Face faz uma abordagem muito diferente sobre o true crime, não apenas por contar a história do ponto de vista da filha de um serial killer, mas também da perspectiva de uma mulher. Eu me senti realmente inspirada quando conheci a história de Melissa, e entendi como ela tem sido uma defensora das pessoas que foram tocadas pela violência, pelo trauma e pelo crime.

OMELETE: Khiyla, e você? Pode nos falar sobre sua relação com o true crime, e como acredita que Happy Face se relaciona com o gênero?

AYNNE: Eu definitivamente era fã de true crime antes deste projeto, mas eu diria que estar em Happy Face alterou minha visão sobre o gênero, e sobre como ele é retratado na mídia. O que me atraiu para o papel de Hazel foi entender que ela é uma personagem multifacetada e muito complexa, seja em seus relacionamentos escolares ou familiares. De muitas maneiras, acho que a história dela espelha a se Melissa - veja bem, Hazel descobriu que seu avô era o assassino Happy Face aos 15 anos, e essa também era a idade de Melissa quando ele foi preso.

OMELETE: Pois é, a história de Hazel gira muito em torno de descobrir o segredo de seu avô, e então querer ser mais próxima dele. Como atriz, você consegue entender de onde este impulso vem? Consegue se relacionar com essa personagem?

AYNNE: Bom, eu estava interpretando uma pessoa real, então acho que havia uma pressão extra [para conseguir expressar esses desejos]. Eu queria fazer da forma certa, queria deixar a Hazel de verdade orgulhosa. É claro que certos papéis trazem emoções mais difíceis de se relacionar, porque eu não passei por um evento como esse em minha vida - mas Hazel também é uma adolescente, que acaba de descobrir que foi enganada por anos. Acho que muitas pessoas podem olhar para isso e entender que também iam querer saber de onde vieram, saber quem era essa pessoa que foi tão importante na vida da sua mãe, mas você não conhecia.

Annaleigh Ashford, Dennis Quaid e Melissa G. Moore em première de Happy Face (Reprodução)
Annaleigh Ashford, Dennis Quaid e Melissa G. Moore em première de Happy Face (Reprodução)

OMELETE: Bom, obviamente Melissa também é produtora da série. Eu me pergunto o quão de perto vocês trabalharam com ela em seus personagens - ela queria que tudo fosse baseado na realidade, ou vocês tiveram alguma liberdade para criar?

ASHFORD: A série é um pouco ficcionalizada, principalmente no caso que Melissa passa a investigar, mas todas as partes que envolvem a vida familiar dela, sua história de fundo e seu relacionamento com o pai, são reais! Então, acho que fui muito sortuda de poder contar não só com o podcast e o livro dela, mas também com a Melissa em pessoa. Ela nos ajudou a escrever a série, e estava aberta e disponível para consultas quando começamos a filmar. Uma grande parte desse processo, para mim, foi sentar aos pés dela e ouvir suas experiências com a máquina do true crime, sobre como trabalhar para conscientizar as pessoas da necessidade de focar mais nas vítimas e suas famílias quando contamos esse tipo de história.

AYNNE: Foi curioso para mim, porque não conheci Melissa até depois que terminamos de filmar a série. Ela me deu um grande abraço, foi muito doce e gentil, e nos levou para passar um tempo com a família dela, o que foi ótimo. Minha preparação para Hazel, no entanto, foi mais baseada em conversas com a nossa showrunner, Jennifer [Cacicio], porque eu queria ter certeza que as intenções da personagem fossem vistas na tela da forma como estavam no texto.

OMELETE: De fato, uma coisa que eu realmente amo sobre a série é o quão honesta ela é sobre a obsessão que as pessoas têm com o true crime, e como isso pode ser dessensibilizante. Vocês podem falar um pouco sobre isso, e sobre como as histórias de suas personagens se encaixam nessa narrativa?

ASHFORD: Eu acho que ‘dessensibilizar’ realmente é a palavra certa para falar sobre como nossa cultura está ingerindo esse tipo de conteúdo. Essa foi uma das coisas que realmente me atraíram para esta série, porque ela nos mostra o gênero com honestidade, nos obriga a examiná-lo e examinar também como o consumimos.

AYNNE: Sim, com certeza existe essa ‘dessensibilização’ da qual você falou. Sinto que muitas das produções de true crime que temos visto nos últimos anos meio que glorificam o serial killer, certo? Acho que essa abordagem aliena o público do fato de que essas são pessoas reais, vítimas realmente, emoções reais que elas experimentaram. Acho que, por Happy Face ser contada do ponto de vista de Melissa, isso é virado pelo avesso.

Cena de Happy Face (Reprodução)
Cena de Happy Face (Reprodução)

OMELETE: Annaleigh, você é uma verdadeira lenda da Broadway; e Khiyla, eu sei que você também é uma pessoa muito musical. Como eram os bastidores de Happy Face, havia muita cantoria? Essa similaridade ajudou vocês a construírem a relação de mãe e filha na tela?

AYNNE: Honestamente? Sim, a gente estava sempre cantando músicas aleatórias por trás das câmeras e fazendo vozes engraçadas. Annaleigh realmente é ótima em imitações, e é uma pessoa hilária. Foi fácil interpretar a filha dela, porque ela é brilhante.

OMELETE: Khiyla, a Annaleigh já te mostrou a imitação de Cyndi Lauper dela? É realmente incrível.

AYNNE: [Chocada] Não! Eu vou pedir para ela fazer a Cyndi assim que terminarmos aqui.

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