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Na clássica seção Da Frigideira o Omelete escreve sobre filmes aguardados no calor da saída do cinema, sem pensar muito, ainda sob o efeito narcótico da telona enquanto o crítico ainda está maquinando idéias e o fã já tem as suas na ponta da língua.
Não existe coisa pior para nós aqui no Omelete do que falar sobre um filme durante meses - anos até - para descobrir depois que ele é uma produção medíocre, que não merecia nem uma lasquinha dos nossos esforços prévios - e do tempo dos nossos omelenautas. Assim, a entrada na sessão de imprensa de Superman - O retorno era cheia de expectativa, afinal, trata-se de um dos filmes que tiveram a maior cobertura aqui no site em toda a nossa história.
Felizmente, só temos boas notícias pra vocês hoje. :-)
Bryan Singer, mais uma vez, acertou a mão. Nada como um supernerd apaixonado para ressuscitar uma franquia cinematográfica. As duas horas e trinta e quatro minutos do filme são recheadas de ação, romance, humor e drama. E o grande receio de todos os fãs, a escolha dos atores, se dissolve em minutos. Brandon Routh é surpreendentemente parecido com Christopher Reeve, mas soube dar sua própria contribuição ao personagem - especialmente nas cenas em que aparece como Clark Kent. Kate Bosworth, que parecia jovem demais para o papel, não é tão elétrica como a divertida Margot Kidder, mas convence como a jornalista - e mãe - Lois Lane. Já Kevin Spacey nem precisa ser exaltado. Trabalha com a competência de sempre e faz um Lex Luthor ao mesmo tempo engraçado e maligno.
Mas enquanto os astros enfrentam o peso dos filmes passados, a equipe técnica se esbalda. Os efeitos especiais e o design estão anos-luz de qualquer coisa que já tenha sido feita com o personagem nas telas. Há duas grandes cenas de ação no filme: a queda de um avião experimental que carrega um ônibus espacial no dorso e a efetivação do grande plano de Luthor. Ambas são fenomenais e mostram o herói como ele é nos quadrinhos e empregando todos os seus superpoderes até o limite.
O filme deve levantar também uma grande polêmica entre os fãs - algo que pode, ou não, migrar para os quadrinhos e abre uma centena de possibilidades criativas. Essa é talvez a grande contribuição de Singer para a mitologia do herói. E por falar em mitologia, o cineasta foi bastante seletivo ao escolher o que deveria e não deveria entrar em seu filme das produções passadas. Na nova aventura, Lois Lane não sabe que Clark Kent é o Super-Homem, por exemplo. E esse pinçamento funciona bastante bem.
Enfim, vamos ficando por aqui. Aguarde a crítica completa na semana da estréia do filme no Brasil e não deixe de conferir o Especial Superman - O retorno do Omelete que já está pegando fogo. Amanhã teremos a entrevista com Brandon Routh seguida pela de Kate Bosworth. Depois mais alguns artigos sobre o herói nas diversas mídias, mais entrevistas e a cobertura completa da passagem do elenco e do diretor pela Cidade do México!!!