O site Bleeding Cool informa que a revista de mangá japonesa Shonen Jump, uma das mais importantes do país, publicou na edição da semana passada um editorial solicitando encarecidamente que leitores parem de digitalizar suas páginas e publicá-las na Internet, citando o compromisso espiritual e financeiro dos autores prejudicados, bem como questões jurídicas.
Naturo
Até aí nenhuma novidade em relação ao combate à pirataria. Dessa vez, porém, o pedido deu resultado: o site Ritual Scan Forge – um dos principais “fornecedores” de mangá escaneado na web, que publica séries como One Piece, Naruto e Bleach assim que saem no Japão - resolveu parar de disponibilizar novos arquivos.
O Bleeding Cool traduziu o pedido da Shueisha, em parte abaixo:
Hoje existe muitas pessoas dando injustamente cópias de mangás na internet. Estas cópias ilegais não fecham com os sentimentos dos mangakás. Elas também distorcem as intenções dos autores quanto a como o trabalho deve ser lido. A ação de publicar estas cópias injustas na net, nas quais os mangakás investiram sua paixão, não apenas ferem os quadrinistas na vida real, mas também são contra a lei, mesmo que feitas de boa fé. (...) As cópias injustas na internet estão ferindo profundamente a cultura do mangá, os direitos dos mangakás e até as almas dos mangakás. Por favor entenda mais uma vez que tudo isso é contra a lei.
Os scans de sites como o Ritual Scan Forge servem de base para tradutores/editores que fazem as chamadas scanlations – versões em inglês, francês, português e outros idiomas dos mangás que circulam ilegalmente por vários sites, muito antes da publicação oficial desses trabalhos em outros países. Os defensores das scanlations dizem que elas ajudam a tornar as obras mais conhecidas em outros países, o que leva à sua publicação – mas a discussão sobre pirataria vai longe.