Alita: Anjo de Combate/O Homem de Aço/Power Rangers

Créditos da imagem: 20th Century Studios/Warner Bros./Lionsgate/Divulgação

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Filmes que precisam de uma sequência mais do que Coringa

Longa do Palhaço do Crime ganhará continuação apesar de seu final bem-amarrado

Omelete
1 min de leitura
09.08.2022, às 17H27.

Maior bilheteria de um filme para maiores da história, Coringa ganhará uma sequência em 2024. Novamente protagonizado pelo vencedor do Oscar Joaquin Phoenix, Joker: Folie à Deux contará ainda com o reforço de Lady Gaga e deve trazer o Palhaço do Crime causando (ainda mais) caos e destruição em Gotham. E, por mais que o longa de 2019 tenha sido um grande sucesso de crítica e público, é inegável que seu final dá pouca abertura para uma continuação, com o protagonista preso em Arkham por causa dos assassinatos que cometeu.

Além disso, o filme de Todd Phillips cumpriu sua missão de desmistificar o vilão clássico da DC Comics e é difícil imaginar que caminhos o cineasta pode seguir com o personagem sem mergulhar em sua relação com o Batman. Por isso, é seguro dizer que, apesar de bem-vinda, uma continuação não é exatamente necessária.

Por outro lado, outros longas recentes deixaram um claro gosto de “quero mais” na boca dos espectadores e, por motivos diferentes, nunca tiveram sequências oficializadas nas telonas, apesar dos insistentes pedidos de (alguns) fãs. Pensando neles, deixamos abaixo filmes que, assim como Coringa, merecem ter suas histórias continuadas nos cinemas - confira:

Dois Caras Legais

Dirigido por Shane Black, Dois Caras Legais traz uma das melhores atuações das carreiras de Ryan Gosling e Russell Crowe, que dão vida a dois investigadores particulares investigando o assassinato de atriz pornô, e uma ótima apresentação a Angourie Rice, que vive a precoce filha do personagem de Gosling. A química dos três faz com que essa comédia já afiadíssima fique ainda mais divertida, especialmente para quem gosta do humor sombrio que Black injeta em seus filmes.

A ótima dinâmica do trio principal merece demais ser revisitada, principalmente se Black, que assinou o roteiro ao lado de Anthony Bagarozzi, conseguir imaginar mais um caso bizarro a ser desvendado pelos investigadores.

Embora não tenha sido nenhum sucesso de bilheteria, tendo arrecadado apenas US$62,7 milhões contra um orçamento de US$50 milhões, Dois Caras Legais foi redescoberto ao chegar no streaming e ganhou uma aura cult que poderia justificar o investimento em uma continuação.

O Homem de Aço

Sim, sim, oficialmente, O Homem de Aço, primeiro longa de Zack Snyder para o DCEU, tem sua sequência em Batman v Superman - A Origem da Justiça, mas o filme de 2016 serve mais como um primeiro teste de crossover do universo estendido da DC do que de fato uma continuação da história do Superman. Considerado por muitos como o maior super-herói da história da cultura pop, o Homem do Amanhã sempre foi retratado nas páginas como um personagem otimista, inspirador, sorridente e solícito - e que não destrói uma cidade inteira - e merece ter essa imagem reproduzida em um blockbuster moderno.

Criado como uma metáfora para a vida de imigrantes fugidos da Europa no período pré-Segunda Guerra Mundial, o Superman é símbolo da luta por justiça e igualdade, algo que foi muito bem explorado na HQ Superman Esmaga a Klan. Levar uma trama similar aos cinemas renovaria a imagem do Azulão e daria a ele uma relevância que há anos o herói não tem em Hollywood.

De acordo com rumores recentes, Henry Cavill teria negado uma proposta da Warner para voltar a viver Kal-El no DCEU, mas não custa nada sonhar com um possível retorno do ator, especialmente se for para viver uma versão do Superman que condiga com sua importância nos quadrinhos.

E falando no Homem do Amanhã…

Superman: O Retorno

A verdade é que fomos muito injustos com Superman: O Retorno, longa de 2006 que dava sequência aos primeiros filmes da era Reeves/Donner, desta vez com Brandon Routh vivendo o herói-título. Lançado no começo do “renascimento” de produções de super-herói, o longa não conseguiu atender às expectativas de um público acostumado com a ação alucinante de Homem-Aranha 2, Batman Begins e outros blockbusters.

Menos explosivo que outros lançamentos do gênero, Superman: O Retorno trazia reflexões sobre o peso do heroísmo, o significado de legado e, é claro, a importância da esperança. Seu ritmo mais pacato pode não ser exatamente o padrão de Hollywood já há alguns anos, mas foi essencial no desenvolvimento e na reintrodução de Clark, Lois (Kate Bosworth) e outros personagens de Metrópolis e merecia um reconhecimento maior por parte da crítica e do público.

Alita: Anjo de Combate

Inspirado no mangá de Yukito Kishiro, Alita: Anjo de Combate nasceu como um projeto pessoal de James Cameron, mas acabou sendo dirigido por Robert Rodriguez. Além de contar com o ótimo olho do diretor de Avatar para ficção científica, o longa também traz um dos trabalhos mais divertidos de Rodriguez, que, como sempre, equilibra perfeitamente diversão e violência em um espetáculo visual que, se não fosse o marketing mal planejado, poderia ter alçado voos bem mais altos.

E como se esses argumentos não bastassem, Alita ainda termina em um gancho gigantesco e que merece ser resolvido em uma continuação digna - e que até agora só não aconteceu por má vontade da Disney. Tanto Rodriguez quanto os integrantes do elenco principal, incluindo a protagonista Rosa Salazar, já mostraram interesse em retornar à franquia, mas a compra da Fox pela Casa do Mickey pode ter destruído qualquer sonho de uma continuação ver a luz do dia.

Operação Big Hero

Operação Big Hero pode até ter recebido uma sequência com a série do Disney Channel, mas a animação não chegou perto da qualidade do longa lançado em 2014 por Don Hall e Chris Williams. A produção televisiva, no entanto, deixou claro que ideias não faltavam para continuar a história de Baymax, Hiro e companhia, o que torna o fato de o filme não ter ganhado uma continuação ainda mais frustrante.

Com Hollywood ainda bastante investida em filmes de heróis, uma sequência de Operação Big Hero injetaria uma necessária dose de leveza e fofura em um cenário cada vez mais homogêneo e repetitivo, e daria a oportunidade para os carismáticos personagens brilharem ainda mais. E, considerando que o longa original fez o quádruplo de seu orçamento na bilheteria, investir num segundo filme não seria nenhuma loucura financeira para a Disney.

Power Rangers

O único grande defeito da versão de 2017 de Power Rangers é não ter abraçado tanto quanto podia o absurdo de seu conceito. Em seu terceiro ato, no entanto, o longa de Dean Israelite trouxe toda aquela farofada gostosa série original, com direito a uniformes berrantes, robôs gigantes e kaijus dourados.

Infelizmente, assim como Dois Caras Legais, Power Rangers não converteu sua qualidade em reconhecimento, sendo “resgatado” por fãs apenas depois de entrar no streaming. O baixo retorno financeiro, no entanto, enterrou qualquer possibilidade de uma sequência ser produzida, o que é uma pena.

Turma da Mônica: Lições

Turma da Mônica: Lições, assim como Operação Big Hero, até ganhou uma sequência na TV e, por melhor que seja a série do Globoplay - e ela é excelente! -, é uma pena que Daniel Rezende não tenha tido a oportunidade de fechar sua trilogia com uma adaptação Lembranças, terceira graphic novel de Vitor e Lu Cafaggi.

Mesmo que Turma da Mônica: A Série seja incrível, não podemos negar que Lembranças poderia servir como uma despedida emocionante para o quarteto formado por Giulia Benite, Kevin Vecchiato, Laura Ruseo e Gabriel Moreira, que serão substituídos por novos atores nos próximos capítulos da franquia.

Star Wars: Os Últimos Jedi

Desde sua criação, Star Wars sempre teve a inovação em seu cerne. Durante a Trilogia Original, por exemplo, George Lucas e seus colegas mudaram a história do gênero da ópera espacial ao combinar maquetes, pinturas e computação gráfica para contar a história do pequeno grupo de rebeldes que destruiu o Império Galáctico e restaurou a paz na galáxia. Anos mais tarde, a divisiva Trilogia Prólogo revolucionou o uso do CGI ao criar ambientes e criaturas completamente digitais, com efeitos visuais que seguem críveis até hoje. E, por mais que O Despertar da Força tenha animado os fãs, Os Últimos Jedi foi o único filme da Trilogia Sequência que realmente tentou fazer algo novo - o que desagradou alguns fãs mais saudosistas.

É claro que a história de Rey (Daisy Ridley) continuou em A Ascensão Skywalker, mas a verdade é que o Episódio IX está longe de ser a sequência que um filme tão diferente quanto Os Últimos Jedi merecia. A correção de curso trazida por J.J. Abrams e Kathleen Kennedy talvez seja uma das decisões mais covardes da história do cinema e encerrou essa nova leva de Star Wars de forma melancólica e sem graça, algo que poderia ter sido evitado se a ousadia mostrada por Rian Johnson no Episódio VIII fosse mantida. Mas, infelizmente, isso não aconteceu, e o público teve que se contentar com um filme bem meia-boca que falha tanto como sequência para Os Últimos Jedi quanto como conclusão para a Saga Skywalker.

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