Made in Korea é um passo a mais nas ficções científicas que tratam de inteligência artificial. A HQ supera aquela pergunta clássica: as pessoas que estamos criando em laboratório poderão se achar pessoas? Como todas as outras histórias desse gênero já responderam, sim. O que Made in Korea pergunta é: quem essa pessoa quer ser?
A discussão sobre família e tecnologia que Jeremy Holt e G.G. Schall propuseram quando começaram a trabalhar na HQ acabou agitando outras ideias que elu e ela tinham dentro de si sobre identidade e gênero. Enquanto estavam trabalhando em Made in, Holt, roteirista, assumiu-se pessoa não-binária; Schall, artista, assumiu-se mulher trans.
Made in Korea se passa no futuro próximo, quando você pode comprar robôs de aparência perfeitamente humana para ser filho, cuidador, brinquedo sexual e o que quiser. A história começa quando um casal do Texas sem filhos compra Jesse, uma menina-robô importada da Coreia do Sul.
Assim que o casal aperta “on” atrás da orelha esquerda e ela dá o boot, Jesse salta como uma gata assustada. Já não é a experiência tranquila que a fabricante prometia.
Na manhã seguinte, Jesse leu todos os livros da casa e quer uma biblioteca maior. Ela quer ir ao colégio e ter “relações sociais saudáveis” porque leu que isso é importante num livro sobre desenvolvimento infantil. Seus pais/donos explicam que não existe mais colégio para crianças como ela, mas dão um jeito.
Enquanto Jesse se adapta ao colégio e começa a andar com companhias erradas, o cientista coreano que trabalhou na menina-robô – e que pode ter deixado uma pequena “falha humana” nesse modelo – chega ao Texas para ver o destino da sua criação.
Holt, roteirista, nasceu na Coreia do Sul e foi adotade por uma família norte-americana ainda criança. Made in Korea começou como um símile sci-fi do que é ser uma pessoa adotada e vinda de outra cultura, transposto para um sci-fi sobre inteligências artificiais.
Na proposta original, a minissérie tinha quatro capítulos. Holt e Schall produziram a primeira edição completa e começaram a busca por editoras enquanto pensavam no roteiro das outras três. Neste meio tempo, Holt se assumiu pessoa não-binária. Discutindo o final da história, elu e Schall resolveram que identidade de gênero devia ser um temas na trama. Enquanto desenhava as primeiras edições, Schall se declarou mulher.
“Eu diria que desvendar o desfecho do livro acompanhou as nossas descobertas”, diz a desenhista. “Por sorte nossa, e bem a tempo, achamos outro significado que a história teria para nós.”
Na capa e nos créditos de Made in Korea, G.G. Schall ainda assina George Schall – mesmo nome que assinou Sabor Brasilis, Moschitto, Hitomi e outras HQs que lançou no Brasil. A assinatura “G.G.” é recente, está nas suas redes sociais e veio de uma amiga quadrinista.
“A Camila Torrano sempre me chamou de Gegê e, numa conversa recente com ela, eu percebi que gostei de como neutraliza o peso do masculino. ‘A Gegê’ soa menos estranho pros outros do que ‘A George’”.
“A ideia de desconstruir gênero – buscando ou não uma mudança em si própria – é um exercício que te faz ver a condição humana de outro jeito”, diz Schall. “Te faz pensar no que realmente compõe o que é um indivíduo na sociedade, e quais são as regras impostas que nos cegam para os limites reais do que é esse indivíduo. Do que significa ser uma pessoa, no nosso mundo. Nada melhor que essa sopa filosófica pra escrever uma história de amadurecimento de uma pessoa sintética, que hoje é chamada de robô, mas amanhã pode ser vista como cidadão comum.”
No toma-lá-dá-cá entre descobrir o desenvolvimento da HQ e descobrir suas próprias identidades de gênero, Schall e Holt ampliaram Made in Korea para seis edições. Ficaram mais contentes com o resultado.
“É uma HQ que trata muito do processo de descoberta”, Schall me explicou. “Depois que essa descoberta acontece, as possibilidades são grandes, mas ao mesmo tempo o caminho fica bem mais claro. Não sei se tenho uma opinião diferente de Jeremy, mas minha interpretação é de que, ao final, Jesse sabe exatamente onde está e para onde quer ir e, mais importante, está em um lugar feliz. Como pessoa trans, eu diria que é o bastante pros leitores saberem. Qualquer coisa mais específica, o que a gente acha ou não sobre a identidade de Jesse, isso não importa pra gente, só pra elu (sim, mesmo sendo uma personagem fictícia).”
Uma página de Made in Korea é a mais marcante quando se vê a metáfora para a trama: uma sequência de sonho no capítulo 5 em que Jesse começa a quebrar um espelho. Perguntei se Schall também se via na cena.
“Acho que toda pessoa trans passa por isso - e não precisa ter a ver só com transição de gênero, embora seja o caso aqui”, ela respondeu. “É uma imagem bem literal da ideia de quebrar os padrões da imagem exterior para reconstruir algo que reflita melhor o nosso sentimento interior. Quanto mais tarde na vida a gente se descobre, mais difícil fica, porque mais nítida é essa imagem a ser quebrada. Então, sim, essa sequência tem um peso significativo para mim e Jeremy.”
Schall mudou-se de São Paulo para Barcelona há cinco anos com a ex-esposa. Penou durante algum tempo para conseguir trabalhos, pois ainda estava no início de carreira de colaborador de editoras dos EUA como Dark Horse e Boom! Studios. Uma graphic novel com o roteirista Dan Goldman, Chasing Echoes, rendeu mais contatos.
No ano passado, ela lançou Better Angels: A Kate Warne Adventure, outra graphic novel, agora com o roteirista Jeff Jensen. Além, é claro, da minissérie sobre a menina-robô que não é só robô e nem necessariamente menina. Os dois trabalhos tiveram boa repercussão lá fora.
“Agora eu tenho um pouco de respiro pra escolher o que eu quero fazer e menos urgência de pegar trabalhos, o que me dá tranquilidade pra pensar nas histórias que valem a pena trabalhar”, ela diz, complementando que tem certas preferências quanto ao estilo de obras que quer fazer.
Um dos próximos trabalhos pode ser solo, “um realismo fantástico com elemento de sonho, mas bem pé no chão ou ‘slice-of-life’.” Ou uma “semi-autobiográfica” com seu parceiro. As duas, ela promete, “vão ter bastante queerness”.
Made in Korea saiu em seis edições digitais pela Conrad (com tradução de Dandara Palankof). A última foi esta semana. No fim do mês sai a versão impressa e encadernada – a mesma que saiu no início do ano nos EUA. O resultado de vendas lá fora vai decidir se elus darão sequência ao universo da série. Há ideias para outras temporadas.
Quanto à recepção de leitores até agora, Schall se diz contente. “E eu sinto que a comunidade queer abraçou bastante, e dá muito gosto de ver isso. Eu cresci com obras que me davam esse conforto de saber que eu não estava sozinha, que tinha gente como eu que não se encaixava, por mais que eu nem soubesse a natureza exata desse sentimento. Se a gente puder dar um pouquinho desse conforto para quem estiver lendo, eu mais do que me dou por satisfeita.”
UMA BRASILEIRA ESTUDANDO GRAPHIC NOVEL NOS EUA
Lila Cruz diz na página acima que nunca ganhou nada em concursos, por isso não esperava nem resposta quando se inscreveu para um bolsa no Center for Cartoon Studies – a escola em White River Junction, Vermont, que está se tornando referência para formação de quadrinistas nos EUA.
No mês passado, porém, ela recebeu um e-mail informando que havia sido a única selecionada para o Oficina de Graphic Novel que acontece durante uma semana intensiva em agosto. Ela estava isenta dos US$ 1050 (R$ 5.300) de inscrição e ainda receberia um apoio de US$ 300 (R$ 1500).
Faltava só todo o dinheiro para chegar e se sustentar lá.
Mas falta pouco. No momento em que eu escrevo, faltam pouco menos de R$ 500 para Cruz atingir sua meta de R$ 12 mil no projeto de financiamento coletivo no Benfeitoria. A grana vai pagar passagens, renovação de passaporte, visto, custos de estadia da quadrinista e, é óbvio, uma mala de gibis.
O processo completo vai render uma graphic novel. Quem sabe mais.
Para concorrer às bolsas do CCS, qualquer quadrinista precisa apresentar seu currículo e um projeto de quadrinho em desenvolvimento. Cruz, autora de Almanaque de Autocuidado e Como Ser Adulta e Outras (Im)Possibilidades, foi aprovada com o projeto de sua primeira graphic novel não-autobiográfica, As Punkzinhas.
No curso, ela terá aulas com Paul Karasik, quadrinista e estudioso de quadrinhos. São de Karasik o roteiro de Cidade de Vidro – com David Mazzucchelli, relançado há pouco no Brasil – e How to Read Nancy (em colaboração com Mark Newgarden), um dos livros teóricos mais divertidos sobre o funcionamento da linguagem dos quadrinhos.
“Muitos quadrinistas que eu admiro já foram ou professores ou alunos do CCS”, diz Cruz. “Tipo a Lucy Knisley, a Pepita Sandwich e o cara que fez The End of the Fucking World, Charles Forsman.”
“Eu vi que a Tillie Walden é professora de lá e eu tô doida pra conhecê-la e comprar os quadrinhos todos”, ela complementa. “Na verdade, eu quero muito sair de lá cheia de quadrinho!”
Cruz começou a trabalhar como chefe de arte da JBC esta semana. No momento da contratação, sua nova chefe lhe disse que vai aproveitar muito tudo que a autora vai trazer da oficina.
Quem apoiar a viagem no Benfeitoria também vai receber uma HQ de Cruz sobre a própria viagem, entre outros mimos. Dá para colaborar aqui até o dia 6 de junho
BAT-LEILÃO
Uma das maiores coleções do mundo dedicadas ao Batman está no Brasil. É a de Márcio Escoteiro, colecionador que passou mais de 40 anos reunindo entre seis e sete mil artigos ligados ao morcegão. Ele colaborou com exposições como Batman – 80 Anos, realizada em São Paulo em 2019, e era invejado por colecionadores de todo o bat-planeta.
Escoteiro faleceu de forma trágica em maio de 2020, há quase dois anos. Parte da sua coleção vai a leilão a partir desta semana, em uma iniciativa capitaneada pelo jornalista Heitor Pitombo e pelo herdeiro de Escoteiro, Marcus Falcon.
A primeira leva de itens já está sendo leiloada via Facebook, no perfil Leilão Master de Quadrinhos. Há várias Bat-revistas brasileiras e importadas (Cavaleiro das Trevas em japonês!), edições autografadas, Bat-originais de gente como Lee Weeks, Jim Aparo, José Luis García-López e Kelley Jones.
Tem também material inusitado, como uma porção da “neve” usada do set de O Cavaleiro das Trevas Ressurge, autenticada pela produção.
Ainda devem entrar um original de Alex Ross desenhando Damian Wayne e uma reprodução dos primeiros esboços de Bob Kane para o Batman, com autógrafo do próprio.
Os lances para a primeira leva de artigos se encerram na próxima quarta-feira, dia 11. Você confere todas as peças aqui, identificadas como “Acervo Márcio Escoteiro”.
SACCO E A RÚSSIA
Joe Sacco leva alguns anos entre uma obra e outra e, como seu trabalho é invariavelmente de altíssima qualidade, vale prestar atenção quando ele libera qualquer página inédita no mundo.
Pois tem quatro páginas inéditas de Sacco que chegaram ao mundo na semana passada, na revista New Yorker. A HQ curtinha chama-se “Vergonha Coletiva” e trata de um tema mais do que presente: a guerra russo-ucraniana que ainda acontece na Europa.
É uma colaboração entre Sacco e a artista russa Victoria Lomasko, que fugiu do clima de instabilidade no seu país natal quando a guerra começou. Tanto assustada quanto envergonhada com a invasão iniciada pela própria pátria, ela está morando no lado ocidental da Europa – onde se sente rejeitada – e contando histórias dos russos que se opõem ao plano de Putin.
“Que opções existem para quem está entalada entre Putin, a vergonha com a guerra e essa sensação de que todos os russos são rejeitados pelo ocidente?”, a autora pergunta.
Dá para ler a HQ gratuita aqui. A graphic novel mais recente de Sacco, Paying the Land, deve sair no Brasil em breve pela Quadrinhos na Cia.
VIRANDO PÁGINAS
O escritor italiano Luca Boschi faleceu na última terça-feira, dia 3, aos 66 anos. Boschi era um dos maiores especialistas do mundo em quadrinhos Disney e escreveu diversos livros e artigos sobre, entre outras temas, a grande produção italiana com Topolino (Mickey), Paperino (Donald), Pippo (Pateta) e outros – além de ter tido a chance de roteirizar várias HQs Disney.
Stan Goldberg, falecido em 2014, e Tony DeZuñiga, falecido em 2012, teriam completado 90 anos ontem, dia 5. Goldberg foi um dos artistas mais lembrados de Archie e deu as cores originais de Homem-Aranha, Quarteto Fantástico e outros quando trabalhou na Marvel. DeZuñiga, co-criador de Jonah Hex e Orquídea Negra, foi o filipino que abriu as portas para vários autores de seu país trabalharem na DC e outras editoras dos EUA.
Ty Templeton, ganhador de diversos Eisner por suas HQs baseadas nas animações de Batman, completa 60 anos na segunda-feira, dia 9. Ugo Bienvenu, o francês que chamou atenção com Preferência do Sistema, completa 35 anos na terça, dia 10.
Cat Yronwode, editora influente no quadrinho underground e nas pequenas editoras dos EUA, completa 75 anos na próxima quinta-feira, dia 12. Autora de livros sobre Will Eisner, sobre mulheres nos quadrinhos e sobre as referências mágicas reais do Doutor Estranho, ela passou por editoras como Eclipse e Claypool ao mesmo tempo em que morava em comunas anarquistas, colaborava em revistas de agricultura orgânica e que foi a tribunais para defender liberdade de expressão. Setenta e cinco bem vividos.
UMA CAPA
De Andrea Sorrentino para Sandman: Nightmare Country n. 2, que sai na semana que vem nos EUA.
UMA PÁGINA
De Ed Gein, com roteiro de Harold Schechter e desenhos de Eric Powell. A graphic novel conta a história e tenta entrar na cabeça do assassino serial com a mesma frieza com que ele desmembrava as vítimas para fazer abajures de pele, cintos de mamilos e facas de ossos. Lançamento desta semana pela Darkside (com tradução de Carlos Rutz).
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Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor do livro Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade
#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas
#73 – Toda editora terá seu Zidrou
#72 – A JBC é uma ponte
#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades
#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor
#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina
#68 – Quem foi Miguel Gallardo?
#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes
#66 – Mais um ano lendo gibi
#65 – A notícia do ano é
#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?
#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?
#62 – Temporada dos prêmios
#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca
#60 – Vai faltar papel pro gibi?
#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo
#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor
#57 - Você vs. a Marvel
#56 - Notícias aos baldes
#55 – Marvel e DC cringeando
#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.
#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio
#52 - O direct market da Hyperion
#51 - Quadrinhos que falam oxe
#50 - Quadrinho não é cultura?
#49 - San Diego é hoje
#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso
#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990
#46 - Um clássico POC
#45 - Eisner não é Oscar
#44 - A fazendinha Guará
#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade
#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos
#41 - Os quadrinhos são fazendinhas
#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo
#39 - Como escolher o que comprar
#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal
#37 - Desculpe, vou falar de NFTs
#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade
#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem
#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional
#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne
#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil
#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso
#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua
#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo
#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel
#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil
#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio
#25 - Mais brasileiros em 2021
#24 - Os brasileiros em 2021
#23 - O melhor de 2020
#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo
#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries
#20 - Seleções do Artists’ Valley
#19 - Mafalda e o feminismo
#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos
#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo
#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?
#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil
#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee
#13 - Cuidado com o Omnibus
#12 - Crise criativa ou crise no bolo?
#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix
#10 - Mais um fim para o comic book
#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca
#8 - Como os franceses leem gibi
#7 - Violência policial nas HQs
#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje
#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês
#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics
#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona
#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler
#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee
(c) Érico Assis