Todo crítico tiozão estava com a frase pronta: “Sandman me deu sono”. Embora minha família possa comprovar que dormi assistindo muitos episódios do seriado da Netflix, culpo a carga de trabalho do último mês por Morfeu ter me levado enquanto eu assistia Morpheus. Já dormi assistindo muito seriado bom, muito filme excelente. Meu sono nunca é culpa dos seriados nem dos filmes.
Porém, nesse mês que eu consegui encaixar a primeira temporada de Sandman entre as raras horas de vigília e de não trabalho, fiquei contrariado. Queria ter assistido Sandman: a Adaptação, mas assisti Sandman: o Quadrinho na Tela, Foi o Que Deu, Favor Maratonar. Direção sem criatividade, produção sem personalidade, atores travados e uma trilha sonora que só se intromete onde não precisa.
Você sabe que adaptação é adaptação e que adaptação não é aquilo que adapta. É uma adaptação. Tem uma pilha de requisitos para você contar uma história em audiovisual que não são os mesmos requisitos para você contar uma história em quadrinhos. Começa por decisões pesadas com o orçamento, passa pelo áudio e pelo movimento que uma mídia tem e a outra não, e vai até a produção avaliar o que fica legal na página de quadrinho e não fica legal na TV e vice-versa.
É óbvio que eu não queria uma adaptação que pegasse apenas o nome Sandman e fizesse um reality de maquiagem em cachorrinho. Sandman é a história de Morpheus, aprisionado e depois liberto, suas brigas de família, seu histórico com as mulheres e os complôs para derrubá-lo. Também é uma história sobre histórias, já que ele é o rei dos sonhos e os sonhos inspiram nossa mitologia, nossa literatura, nossa imaginação e tudo que a gente inventa e conta.
Sandman também trata de pessoas, vários tipos de pessoas, porque Neil Gaiman gosta de entrar na cabeça de deuses, contadores, músicos, atendentes de lanchonete, crianças, burgueses ocultistas, renegados pela sociedade, centauros e do William Shakespeare.
Tem alguns contos brilhantes, como “24 Horas”, “Homens de Boa Fortuna”, “Histórias na Areia”, “Ramadã”. Mas, mais importante que isso, tem um universo inteiro para se adaptar. Tudo isso é Sandman.
A produção tinha todo esse universo no buffet, mas montou um prato que parece arroz com feijão.
Eu ainda não concluí se meu problema é com o excesso de fidelidade do seriado ao quadrinho – sim, mesmo com todos os desvios, a taxa de fidelidade é alta – ou com a falta de personalidade no visual, falta de criatividade na direção e na montagem, falta de cobrança aos atores. Ou com aquela trilha que te pega pela mão para dizer que a cena triste é triste, que a cena alegre é alegre, que o Stephen Fry está desconfiado quando o Stephen Fry está com cara de desconfiado.
Talvez meu problema seja uma mistura de tudo: a produção ficou mais preocupada em fazer a adaptação fiel de Sandman, o quadrinho, antes de pensar como podia ser Sandman, um seriado.
Fui atrás do currículo dos diretores. Não vejo muita menção a quem dirigiu. Em onze episódios, Sandman teve sete. Mike Barker, do piloto, parece o mais experiente; vem da TV britânica e dirigiu vários seriados que têm personalidade forte, como The Handmaid’s Tale e Fargo. Coralie Fargeat, que dirigiu o episódio da convenção de cereais, “Colecionadores”, fez um filme que eu gostei, Vingança. Outros têm formação em séries de fantasia, como Jamie Childs, de His Dark Materials, Doctor Who, Willow.
Foi Childs quem dirigiu “Sem Parar” – o episódio da lanchonete que se chama “24 Horas” nos quadrinhos. E que haviam me dito que era o episódio onde o seriado ficava bom de verdade.
“Sem Parar” é bastante fiel a “24 Horas”. As diferenças no roteiro servem acima de tudo para dar o recheio que faz 24 páginas de quadrinhos virarem 54 minutos de tela. O essencial do gibi está na tela. E que bom, pois “24 Horas” é uma das melhores edições de Sandman.
Mas Neil Gaiman, Mike Dringenberg, Malcolm Jones III, Daniel Vozzo e Todd Klein, em 1989, construíram um jogo complexo de narrativa para entrar na história de cada personagem na lanchonete (antes de Quentin Tarantino começar a carreira e eternizar as cenas de diner), abriram desvios pela imaginação de cada pessoa, montaram paralelos bizarros com a TVzinha ligada no balcão, deixaram cortes espertos para cada hora e diagramações bem sacadas em cada página.
No seriado, o máximo da criatividade de Jamie Childs é usar uma câmera enviesada quando John Dee está sendo “mau”. Fora o subaproveitamento trágico da capacidade de David Thewlis – o nome que tinha me deixado mais contente quando anunciaram o elenco de Sandman –, aquela câmera enviesada é uma coisa que eu encontraria zapeando TV a cabo em 1997. E faria eu trocar de canal.
Foi a partir de “24 Horas”, o suposto episódio onde o seriado fica bom, que eu percebi o que estava me incomodando em Sandman no geral. Além da direção qualquer coisa, a fotografia é qualquer coisa, a direção de arte é qualquer coisa. O roteiro… bom, o roteiro é praticamente as palavras de Neil Gaiman com recheio de qualquer coisa para cumprir as horas.
E a atuação é qualquer coisa. Morpheus é um papel complicado pra caramba, pois aquela cara de borocoxô é feita para funcionar no estático da página. Nem consigo julgar o que o pobre Tom Sturridge fez. Quanto aos outros personagens, é um desfile da falta de expressão que não sei se vem do despreparo dos atores ou de diretores que não souberam cobrar.
Eu já havia visto e curtido Kirby Howell-Baptiste, a discutida Morte, em Barry, Killing Eve, The Good Place. Em Sandman, tal como David Thewlis, ela não é aproveitada. Jenna Coleman usa condicionador muito caro para ser Johanna Constantine ou John Constantine ou qualquer Constantine.
Uma exceção entre os atores: Ferdinand Kingsley me convenceu como o Hob Gadling que atravessa os séculos. E fiquei pensando na grana pra você montar aqueles cenários e vestir um monte de figurantes para cenas de cinco minutos.
“O Som de Suas Asas”, o outro episódio que disseram que ia me convencer, também foi uma decepção. A começar pelo próprio som das asas – uma sugestão no quadrinho, onde evidentemente você não ouve e pode imaginar o melhor. O melhor com certeza não é qualquer “vuuuush” que você encontra em biblioteca de efeitos. Que é o que temos.
Talvez a personalidade que estou sentindo falta no seriado seja a personalidade que Sam Kieth, Mike Dringenberg, Malcolm Jones III, Daniel Vozzo e outros davam aos quadrinhos. Que Gaiman também dava. Por mais que seu texto esteja muito bem representado na tela, ele era um roteirista de quadrinhos da escola Alan Moore de descrições detalhadas, de pensar a organização da página, a decupagem, o ritmo da história. Não era um escritor-ditador, mas um roteirista que colaborava com os outros autores no visual da HQ. No seriado, diretores de cena, de fotografia e de arte não contribuíram.
Como eu senti isso em todos os episódios, talvez tenha mão pesada dos produtores: Allan Heinberg (Sex and the City, Gilmore Girls, Grey’s Anatomy) e David S. Goyer (Batman vs. Superman) e o próprio Gaiman. E um fator que eu comecei a colocar na minha cabeça para desculpar os produtores: Sandman é um seriado de alto orçamento e, por isso, precisa de altos públicos.
Não há informação oficial, mas circula que Sandman custou a média de US$ 15 milhões por episódio. Se você somar o marketing, o seriado inteiro custou mais de US$ 200 milhões. É preço de seriado da Marvel, e seriado da Marvel se paga porque é da Marvel. Sandman é uma marca desconhecida fora dos quadrinhos. Stranger Things custou mais por episódio na temporada 4, mas torrou menos de US$ 100 milhões no orçamento do primeiro ano.
O negócio é que, se você vai gastar US$ 200 milhões em um seriado, você é obrigado a tomar algumas decisões que atraiam vários tipos de público até cobrir esse rombo. Daí, melhor não criar muita personalidade e não afastar nenhum gosto – vamos fazer o seriado mais “cara de qualquer seriado” para buscar todos os públicos. Se todo mundo gosta de água, vamos fazer um seriado insípido, inodoro e incolor.
Ou melhor: são dois fatores que me fazem desculpar os produtores. O segundo é o fato de que Sandman está na primeira temporada e primeiras temporadas são historicamente mais cautelosas. A briga para se firmar entre 400 e 500 lançamentos de seriado por ano também exige ampliar o leque para conseguir olhinhos atentos e que assistam essa primeira temporada do início ao fim. Ela tem que vender as próximas temporadas.
Foi na segunda temporada que seriados tão díspares como Mad Men, The Office, Breaking Bad, The Leftovers, Barry, BoJack Horseman e vários outros que eu gosto começaram a definir sua identidade. Para isso, tiveram que passar pela primeira – e conseguir público na primeira. É o que eu espero que aconteça com Sandman.
Gaiman vem comentando por aí que os números de audiência de Sandman são muito bons, mas o contrato de segunda temporada ainda não chegou. A Netflix não divulga detalhes de números, mas revelou que o seriado já registrou mais de 328 milhões de horas assistidas, no mundo, em três semanas. É um número bom, mas não bate recordes. Stranger Things, na quarta temporada, registrou 1,3 bilhão de horas em um mês, quatro vezes mais. The Witcher fez mais de 500 milhões de horas em um mês na primeira temporada (e The Witcher custou metade de Sandman).
Além de ter que fazer as contas entre audiência e orçamento, a Netflix toma a decisão de renovar com base em outras métricas, como velocidade com que o público assistiu (a quantidade de maratonas), número de novos assinantes, talvez um pouco da crítica e sabe-se lá que outros inputs que eles botam no algoritmo.
Outro motivo para eu querer uma segunda temporada de Sandman é que ainda há muito Sandman, quadrinho, para se explorar. “Estação das Brumas” é considerado por muitos o melhor arco da série e deve ser a base do segundo ano. Eu e você queremos ver “Ramadã” e “Caçadores de Sonhos”. Eu também quero ver “As Bondosas” e “Menino de Ouro”, a história do Prez. E “Sonho de uma Noite de Verão”. E "Morte: o Preço da Vida" - minha preferida.
Gostei muito de uma entrevista de Gaiman na qual ele disse que Sandman, o seriado, teria uma identidade diferente a cada episódio. Seria a maneira de cumprir uma das ideias da HQ, a de que é uma história sobre histórias. Não vi identidade alguma na primeira temporada, então espero que essa ideia do produtor/criador/perpétuo se concretize na segunda.
O contra-argumento é que dar continuidade ao seriado Sandman seria estragar ainda mais a reputação do quadrinho Sandman. Bom, por enquanto ainda não estragou. Dizer que foi um seriado fracassado – de uma temporada só – estragaria. Eu não achava isso até ouvir essa história de como Jonah Hex, o filme, estragou Jonah Hex, o quadrinho. Vendas caem, novos projetos não rolam, a marca fica manchada. Sim, adaptações podem prejudicar o original.
Tem vários motivos para eu querer uma segunda temporada. Espero* que o anúncio saia em breve. Torço que a equipe se permita mais, que crie mais, que saiba montar um prato com o buffet de bons quadrinhos que tem. E que troquem o autor da trilha sonora, só ele.
(* Assim que escrevi “eu espero”, lembrei da famosa cena “Eu sou a esperança” na batalha Morpheus x Lúcifer. Linda frase e linda cena em 1989. Hoje em dia, qualquer serzinho diabólico, tipo os metidos a ditador que governam países como o nosso, responderia “meu pau na sua pança”, todos os minions iam rir junto e a batalha ia acabar aí, sem sentido nem lógica e com vitória pelo ridículo. O bem e o mal andam muito diferentes de 1989.)
A ABOLIÇÃO DO DESENHO HUMANO
Ainda estou juntando material para escrever com mais propriedade sobre esse assunto, que é o assunto mais premente na pauta de todo quadrinista, ilustrador, desenhista etc. na semana: as inteligências artificiais “que desenham” chegaram no ponto em que você pode dispensar o autor humano.
O debate pegou fogo depois da atualização do Midjourney, uma I.A. que desenha a partir de prompts de texto. Mesmo que a plataforma ainda esteja em testes, as ilustrações estão em um nível que já põem em discussão se não é um trabalho “autoral”, “artístico” e, principalmente, se milhões de desenhistas acabaram de perder o emprego.
Esta semana, um artista ganhou prêmio de artes plásticas usando uma ilustração gerada no Midjourney. Na semana anterior, um pesquisador de I.A. tentou recriar a primeira página de A Piada Mortal oferecendo o roteiro de Alan Moore a outro sistema, o Dall-E; o resultado não é Brian Bolland, mas tem quem achou passável.
Tem gente dizendo que ilustração comercial e storyboard, mais todo desenho cheio de briefings, orientações e requisitos – e menos personalidade – estão com os dias contados para autores humanos. Daqui a pouco, basta você colocar todos os requisitos na máquina.
I have copies. And a ton of orders, amazed at the response.
— Dave McKean (@DaveMcKean) August 5, 2022
I'll try and wade through them all next week. pic.twitter.com/vSNtpZxoWY
E Dave McKean – o cara que deu muito da identidade de Sandman – está em parte deprimido, em parte indignado, em parte apocalíptico, em parte esperançoso e em parte revolucionário com o que viu nessas I.A.s. No mês passado, ele lançou um livro independente, Prompt: Conversations with AI, só com ilustrações e histórias que ele gerou usando o Midjourney.
McKean tem conversado com muita gente sobre o livro e o que acha da transformação tecnológica-social-artística, e uma das conversas foi esta com Sean Michael Robinson e Carson Grubaugh, de duas horas e meia.
(Grubaugh, colaborador de Dave Sim em The Strange Death of Alex Raymond, também vai lançar uma HQ feita no Midjourney, The Abolition of Man. “A Abolição do Homem” é o título mais provocador para uma HQ feita com inteligência artificial.)
Como eu disse, ainda estou juntando material para escrever mais sobre o assunto. Mas o papo de McKean, Robinson e Grubaugh já inclui uma das perguntas que tinha me surgido assim que eu vi as primeiras artes geradas por I.A.: como Dave McKean se sentiu quando viu que essas artes artificiais tinham estilo Dave McKean?
O ANO DOS BRASILEIROS PREMIADOS
Segue o ano dos brasileiros premiados no exterior. Depois de Quintanilha em Angoulême, de Deodato e Fido Nesti no Eisner, agora são quatro brasileiros que concorrem ao Ringo Awards.
Dijjo Lima, o cearense falecido em maio que estava fazendo carreira na Marvel Comics, recebeu uma homenagem póstuma como indicado na categoria de Melhor Colorista. A paulista Bruna Costa, de The Beyond e outros trabalhos para editoras como Argo Comics e Eibon Press, concorre na mesma categoria.
Eber Ferreira concorre na categoria de Melhor Arte-finalista pelos trabalhos com Eddy Barrows em Task Force Z e colaborações frequentes com DC Comics e Dark Horse.
E Mike Deodato aparece de novo dentro da equipe de Nem Todo Robô, que concorre em Melhor HQ de Humor – mesma categoria em que ganhou o Eisner em julho.
O Ringo Awards é uma premiação recente: foi criada em 2017 para a Baltimore Comic-Con em homenagem ao desenhista Mike Wieringo (1963-2007). Tem categorias parecidas com o Eisner (melhor roteirista, desenhista, letreirista, melhor álbum, melhor história etc.) e algumas feitas para fãs, como herói e vilão predileto ou editora favorita.
O resultado da edição 2022 sai em 29 de outubro.
VIRANDO PÁGINAS
Lily Renée, desenhista da Era de Ouro do quadrinho norte-americano, morreu no último dia 24 aos 101 anos. Judia nascida em Viena, ela era adolescente quando teve que fugir da sua cidade invadida pelos nazistas. Veio parar nos EUA, trabalhou para a editora Fiction House, perdeu o emprego quando os homens voltaram da guerra e passou o resto da vida como dramaturga e ilustradora de livros infantis, renegando o trabalho nos quadrinhos até tempos recentes. Trina Robbins escreveu sua biografia em HQ, com desenhos de Annie Timmons e Mo Oh: Lily Renée, Fuga do Holocausto saiu este ano no Brasil.
O espanhol José Ortiz (1932-2013) completaria 90 anos ontem, dia 1º de setembro. Em uma carreira de seis década, Ortiz conheceu o período áureo das revistas de quadrinhos espanholas, colaborou com os gibis de terror da Warren nos EUA e com a 2000AD na Inglaterra, participou da onda do quadrinho adulto na Europa (principalmente em colaborações com o roteirista Antonio Segura, como Morgan e Hombre) e dedicou suas últimas décadas a Tex e outras produções para a Bonelli. Todas estas fases foram representadas no Brasil em revistas como Kripta, Animal, Aventura & Ficção, Heavy Metal, Mágico Vento e, claro, muito Tex.
UM L
Do João Pinheiro. É um dos “L de Lula”, campanha inventada por Rogério de Campos que convidou vários desenhistas a desenharem o L pelo ex e futuro presidente. Tem mais aqui.
UM CARTAZ
De Marcello Quintanilha para a 14ª Crash – Mostra Internacional de Cinema Fantástico que acontece em dezembro em Goiânia. Clique para ampliar e sacar a mistura de referências.
UMA PÁGINA
De Black Orion, novo trabalho que Bruno Seelig (Blitzkrieg, Market Garden) mostra aos pouquinhos no Instagram. “É um rip-off de Johnny Quest”, ele me disse. “Conta a história de dois adolescentes, um cachorro, um sujeito que parece o Freddie Mercury e uma agente do FBI sendo perseguidos por alienígenas, pelo cartel colombiano, pela máfia russa e pelo próprio diabo. É pra ser esquisito mesmo, mas prometo que faz sentido.”
Se tiver só páginas assim, nem precisa fazer sentido. Vai ter mais de 100 e sai pela Mino, “quando estiver pronto”, segundo Seelig.
(o)
Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor do livro Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
#88 – O novo selo Poseidon e o Comicsgate
#87 – O mundo pós-FIQ: você tinha que estar lá
#86 – Quinze lançamentos no FIQ 2022
#85 – O Eisner 2022, histórico para o Brasil
#84 – Quem vem primeiro: o roteirista ou o desenhista?
#83 – Qual brasileiro vai ao Eisner?
#82 – Dois quadrinhos franceses sobre a música brasileira
#81 – Pronomes neutros e o que se aprende com os quadrinhos
#80 – Retomando aquele assunto
#79 – O quadrinista brasileiro mais vendido dos EUA
#78 – Narrativistas e grafistas
#77 – George Pérez, passionate
#76 – A menina-robô que não era robô nem menina
#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade
#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas
#73 – Toda editora terá seu Zidrou
#72 – A JBC é uma ponte
#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades
#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor
#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina
#68 – Quem foi Miguel Gallardo?
#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes
#66 – Mais um ano lendo gibi
#65 – A notícia do ano é
#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?
#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?
#62 – Temporada dos prêmios
#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca
#60 – Vai faltar papel pro gibi?
#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo
#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor
#57 - Você vs. a Marvel
#56 - Notícias aos baldes
#55 – Marvel e DC cringeando
#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.
#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio
#52 - O direct market da Hyperion
#51 - Quadrinhos que falam oxe
#50 - Quadrinho não é cultura?
#49 - San Diego é hoje
#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso
#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990
#46 - Um clássico POC
#45 - Eisner não é Oscar
#44 - A fazendinha Guará
#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade
#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos
#41 - Os quadrinhos são fazendinhas
#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo
#39 - Como escolher o que comprar
#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal
#37 - Desculpe, vou falar de NFTs
#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade
#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem
#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional
#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne
#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil
#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso
#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua
#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo
#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel
#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil
#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio
#25 - Mais brasileiros em 2021
#24 - Os brasileiros em 2021
#23 - O melhor de 2020
#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo
#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries
#20 - Seleções do Artists’ Valley
#19 - Mafalda e o feminismo
#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos
#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo
#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?
#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil
#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee
#13 - Cuidado com o Omnibus
#12 - Crise criativa ou crise no bolo?
#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix
#10 - Mais um fim para o comic book
#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca
#8 - Como os franceses leem gibi
#7 - Violência policial nas HQs
#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje
#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês
#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics
#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona
#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler
#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee
(c) Érico Assis