Os números saíram em março, mas o mercado de quadrinhos norte-americano ainda comemora o resultado espetacular de 2021. Não no tradicional mercado-direto-Marvel-DC-e-o-resto, mas nos números de quadrinhos em livrarias. Na contagem da Bookscan, quadrinhos movimentaram 826 milhões de dólares em livrarias em 2021, um crescimento de 72% em relação ao ano anterior e mais do que 2018 e 2019 somados. Foram quase 52 milhões de exemplares.
É um número histórico, sem precedentes. Na longa análise do lojista Brian Hibbs, dá para ver que títulos venderam mais (Homem-Cão), quais são as tendências (mangá, mangá, mangá) e outros números, como dos autores mais vendidos. E nesta lista, um pouco abaixo de Alan Moore, mas acima de Inio Asano, você vai encontrar um brasileiro.
O conterrâneo, no caso, é Sergio Cariello. E ele está na seleta lista dos autores que venderam mais de 100 mil cópias por conta de uma publicação só: Action Bible, ou Bíblia em Ação, adaptação das Escrituras que sai nos EUA pela editora David C. Cook. O quadrinho vendeu 102 mil exemplares no ano passado na Expanded Edition e mais 13 mil da versão original.
Não é um quadrinho novo. Action Bible saiu pela primeira vez em 2010, num catatau de mais de 700 páginas que vai do Gênese ao Apocalipse. Em comemoração aos dez anos, a Expanded Edition saiu em 2020 com quase cem páginas de material inédito.
E os números do ano passado, em comparação com os doze anos de mercado da publicação, equivaleriam só a um versículo. Segundo a editora, as duas versões de Action Bible venderam, juntas, mais de 2,5 milhões de exemplares nesta década e pouco. A primeira versão já tinha passado a marca do milhão em 2015. O fato de um material que não é inédito continuar vendendo, e vendendo muito bem, é impressionante.
Entrei em contato com Sergio Cariello para saber o que ele achava destes resultados, ao que atribuía esta continuidade nas vendas e querendo que ele comentasse o retorno de leitores e livreiros. Ele respondeu todas estas perguntas do mesmo jeito:
“Não sei.”
Na conversa por e-mail, Cariello – em foto recente logo acima – passa a impressão de que não está a fim de números nem de analisar o mercado. Gosta daquilo em que trabalha, gosta de se envolver com um material que espalha o cristianismo, gosta de viajar pelo mundo graças ao que produziu e está contente assim.
“Viajei com minha esposa para Austrália, Turquia, África, Índia, Brasil, Canadá, México e pelos Estados Unidos”, ele me conta. Todas as viagens foram de divulgação da Action Bible. Quanto ao que ouviu nestes lugares, é sucinto: “Sempre é incrível ver as reações das crianças ao conhecerem o artista de Action Bible.”
Ele lista o Brasil entre suas viagens porque não mora aqui. Nascido em Recife em 1964, ele mudou-se para os EUA em 1985. Pouco depois, realizando um sonho de infância, ele foi aceito na famosa Joe Kubert School, em New Jersey, a escola de um de seus ídolos do desenho.
Começou o curso, teve que parar alguns anos, voltou com bolsa e concluiu a formação no início dos anos 1990. Enquanto ainda era aluno, Cariello conseguiu uma vaga na Marvel como letreirista e trabalhou no famoso bullpen, o escritório da editora em Nova York. Desenhava caricaturas dos editores e acabou convidado para desenhar os gibis. Uma edição de Demolidor levou a outros projetos e à vida de quadrinista free-lancer.
Na biografia em seu site pessoal, ele comenta a ironia de que seu irmão – Octavio Cariello, hoje professor da Quanta Academia – ficou no Brasil, mas começou a trabalhar para os quadrinhos dos EUA antes.
Dos contatos na Marvel ele passou a contatos na DC e passou dez anos entre séries como Exterminador, Azrael e outros derivados de Batman. Neste meio tempo, voltou à Kubert School como professor e passou sete anos ministrando disciplinas como Introdução ao Desenho, Colorização, Adaptação, Caricatura e outras. Só saiu de lá porque se mudou para Tampa, na Flórida, onde mora até hoje. Mas manteve contato com o mentor Joe Kubert até o falecimento deste, em 2012.
Os desenhos da série do Cavaleiro Solitário na editora Dynamite Entertainment ocuparam parte da sua carreira nos anos 00. Em paralelo, ele foi chamado pela editora da centenário organização David C. Cook, que queria uma nova versão da famosa Picture Bible, ou Bíblia em Quadrinhos, desenhada pelo haitiano radicado no Brasil André LeBlanc (1921-1998).
Não se sabe se a editora foi atrás de mais um brasileiro para um projeto similar ou se a nacionalidade foi coincidência. Cariello já vinha desenvolvendo trabalhos para editoras evangélicas, frequenta a igreja desde criança e sempre teve contato com as histórias bíblicas. Além de considerar a Bíblia de LeBlanc a melhor adaptação do livro sagrado.
A produção da primeira Action Bible levou quatro anos. Desde que começou, ele praticamente não parou de desenhar a Bíblia.
“Eu continuo desenhando para a David C. Cook, fazendo derivados da Action Bible”, Cariello conta na nossa conversa sucinta por e-mail. “Também desenho para a Focus on the Family, a Kingstone, a Jews for Jesus, a Calvary Curriculum e outros clientes cristãos. A Action Bible abriu o mercado para outros publicarem material evangélico.”
Action Bible virou, de fato, uma marca. Além da edição original e da extended version, há versões só com trechos da Bíblia, guias de estudo, coleções de cards, livros de colorir, jogos e outros produtos listados no site oficial. Todos os derivados, segundo Cariello, trazem artes inéditas
Em contato com a David C. Cook, recebi respostas de Amy Konyndyk, cujo cargo é de "vice-presidente do Action Bible Portfolio". Ela diz que as ótimas vendas do ano passado fecham com o que se observa no mercado em geral, “onde temos visto crescimento das vendas ano a ano” e que há “interesse crescente em graphic novels nesta faixa etária”. Os livros Action Bible miram o público dos 4 aos 17 anos.
Perguntei sobre os números no Brasil, onde a Bíblia em Ação já foi editada, reeditada e também ganhou derivados desde 2011 (com tradução de Ana Paula Garcia Spolon). Os números, segundo a editora estrangeira, não podem ser divulgados. Entrei em contato com a editora nacional, a Geográfica, mas não tive retorno.
Cariello, que completou 58 anos em abril, divide as adaptações bíblicas com sua volta à Kubert School, onde agora dá aulas virtuais (assista uma aqui). O quadrinista brasileiro mais vendido nos EUA, talvez do mundo, completa dizendo que “sou free-lancer e sempre aberto a fazer trabalhos seculares – se sobrar tempo.”
POC POC POC
A Poc Con, feira de quadrinhos e artes gráficas LGBTQ+, começou em 2019 em São Paulo e reuniu 3 mil pessoas. A segunda e a terceira edição aconteceram “em casa” – via YouTube e Instagram. A quarta, que acontece no próximo dia 18, será a esperada volta do formato presencial.
Segundo o release, o evento passou de 75 para 119 artistas queer expondo trabalhos. Entre os convidados, Laerte, Ilustralu, Talles Rodrigues, Laluña Machado, Ivan Freitas da Costa, Ana Cardoso, Cora Ottoni e Lukas Werneck vão participar de bate-papos presenciais ou na internet.
Mesmo com o evento presencial, a Poc terá uma programação online que servirá como “esquenta”. Do domingo, dia 12, até a sexta, dia 17, o canal de YouTube vai trazer bate papos sobre gibis eróticos, representatividade na animação, política nos quadrinhos e um com o ótimo título “Criança Viada: quadrinhos e literatura infantil”. Você confere a programação aqui.
Quem puder comparecer ao evento em São Paulo – na Casa de Portugal (Av Liberdade, 602), dia 18, a partir das 11h – terá entrada gratuita, mas há a opção de entrada preferencial, com uma hora de antecedência e brindes, que você pode reservar no site do evento.
O cartaz deste ano é de Danverdura.
QUESADA E JEMAS, O RETORNO?
Na terça-feira, Joe Quesada anunciou sua saída da Marvel depois de 24 anos. É uma notícia de impacto, considerando que Quesada tirou a editora do vermelho e abriu caminho para Marvel Studios, a venda à Disney e muito do que a marca Marvel é hoje.
Na quarta-feira, um dia depois, Bill Jemas anunciou sua saída da AWA, editora que ajudou a fundar em 2018. A notícia não causou tanto furor. Jemas, porém, foi essencial para a ascensão de Quesada na Marvel.
Quesada, desenhista com tino e ambições de editor, foi contratado pela Marvel junto ao colega Jimmy Palmiotti em 1998 depois que eles mostraram que sabiam movimentar o mercado com uma editora independente, a Event Comics. Quesada e Palmiotti criaram a linha Marvel Knights, com ideias radicais para personagens como Demolidor, Pantera Negra e Justiceiro.
Jemas, empresário com diploma de Harvard, com passagem pelo marketing da NBA e pelo mercado de cards, virou um dos diretores da Marvel e queria radicalizar a editora em concordata. Botou Quesada de editor-chefe e, juntos, eles conceberam linhas como Marvel Max (18+) e Ultimate Marvel, além de acabar com a submissão ao Código de Ética que a editora seguia desde a década de 1950. Jemas também escreveu alguns quadrinhos de gosto duvidoso.
O executivo foi perdendo espaço entre o alto escalão da Marvel até ser chutado por volta de 2004. Jemas então participou de várias iniciativas nos quadrinhos e no entretenimento que não deram certo, até chegar na AWA. Quesada continuou como editor-chefe da Marvel Comics, depois virou Chief Creative Officer da Marvel Entertainment e mais recentemente tinha o cargo de vice-presidente executivo e diretor criativo.
O Bleeding Cool diz que Quesada vai trabalhar com “filmes”, mas não dá detalhes. Nem o próprio Quesada diz o que vai fazer. Jemas, por sua vez, já anunciou sua nova empresa, a Be Good Studios, que vai fazer quadrinhos, animação e investir em NFTs. (NFTs, que ainda causam controvérsia, pode ter sido o motivo para Jemas ter saído da AWA – a editora levou críticas ao investir no formato.)
Mas o fato de os dois ex-colegas terem saído do emprego um dia depois do outro – e outras retomadas de parcerias que estão aparecendo por aí, como a de Dan DiDio e Frank Miller – deixa no ar: Quesada e Jemas vão voltar a trabalhar juntos? No quê?
ELES VOLTARAM
Alexandre S. Lourenço, o autor de Robô Esmaga, Você é um Babaca Bernardo, Boxe e outros, andava sumido do trabalho autoral – e colaborando com muita produtividade com as séries da MSP. Mas seus trabalhos solo voltaram à internet na semana passada, de uma hora para outra.
O material tem datas do ano passado e deste, como se fosse um diário fora de ordem. A maioria das tiras trata da relação com o filho. Lourenço continua desenhando pequeninho, pra você forçar o olho nas letrinhas e rabisquinhos. Vale muito a pena colocar os óculos e acompanhar.
Ilustralu, merecidamente a quadrinista mais comentada do Brasil, apareceu com uma nova história no Twitter e no Instagram. Chama-se Faísca.
A autora de Arlindo diz que é uma “webcomic relâmpago de São João”, que vai ser publicada durante todo o mês de junho, uma página por dia, sempre às 20h nas suas redes sociais. Vale acompanhar.
CANOS
Fiquei empolgado com os detalhes de Leviathan, novo quadrinho de Jason Shiga. Vai ser o primeiro de uma série chamada Adventuregame Comics, uma versão em HQ daqueles livros interativos em que você decide o rumo da história – “se o personagem deve fazer X, vá para a página 7; se o personagem deve fazer Y, vá para a página 42…”
Mas o jogo-quadrinho de Shiga vai ter mais possibilidades por página, como mostram as imagens. Você escolhe caminhos pela imagem, por exemplo. E, sendo um quadrinho do Shiga, eu espero muita surpresa.
Em um post confuso no Instagram, Shiga explica um pouco da mecânica e das inspirações. Fora ele dizer que “meus livros favoritos são os que combinam uma inovação formal com a temática narrativa”, só vou entender o resto quando tiver o livro na mão.
E confio. Meanwhile, o outro livro de Shiga que depende do leitor decidir os rumos, é genial e começa com um garoto tendo que escolher entre o sorvete de creme ou de chocolate para se desenrolar em 3856 tramas diferentes, que o leitor decide como montar.
Shiga já ganhou Eisners e outros prêmios pelos quadrinhos. Demon, sua outra criação de fôlego, é insano de bom. Ele não tem nenhum trabalho publicado no Brasil.
VIRANDO PÁGINAS
No dia 5 de junho de 1962, segundo historiadores, chegaram às bancas dos EUA simultaneamente três revistas da Marvel: Tales to Astonish n. 35, Journey Into Mystery n. 83 e Amazing Fantasy n. 15. Foram, respectivamente, as primeiras aparições do Homem-Formiga, de Thor e do Homem-Aranha. Os três, portanto, completam 60 anos com os leitores no próximo domingo.
Martin Goodman, fundador da editora que viria a se tornar a Marvel, viveu exatamente metade da vida destes três sucessos. Ele faleceu em 6 de junho de 1992, há 30 anos.
Vingador Fantasma, o personagem misterioso da DC Comics, surgiu em título próprio e misterioso com a primeira misteriosa edição em 6 de junho de 1952, há 70 misteriosos anos. Criação de John Broome, Carmine Infantino e Sy Barry, ele ainda circula misteriosamente pelo Universo DC e, mesmo tendo passado pelas mãos misteriosas de Neil Gaiman e Alan Moore, nunca emplacou um título misterioso que dure. Um mistério.
Dr. Slump, talvez meu mangá preferido, começou a sair no Brasil em junho de 2002, há 20 anos, pela editora Conrad. A editora não concluiu a publicação no Brasil, mas a Panini retomou o mangá desde o início, quinze anos depois, e publicou as 18 edições perfeitas de Akira Toriyama.
UMA CAPA
De Simone Di Meo, para Batman: White Knight Presents: Red Hood n. 2. Clique para ver os detalhes.
OUTRA CAPA
De Duncan Fegredo, para The Shaolin Cowboy: Cruel to Be Kin’ n. 4. Clique para ver os detalhes, mas clique mesmo.
UMA PÁGINA
De Amalia, de Aude Picault, minha leitura preferida da semana. Tem na Europe Comics e recomendo. Clique, clique.
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Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor do livro Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
#78 – Narrativistas e grafistas
#77 – George Pérez, passionate
#76 – A menina-robô que não era robô nem menina
#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade
#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas
#73 – Toda editora terá seu Zidrou
#72 – A JBC é uma ponte
#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades
#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor
#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina
#68 – Quem foi Miguel Gallardo?
#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes
#66 – Mais um ano lendo gibi
#65 – A notícia do ano é
#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?
#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?
#62 – Temporada dos prêmios
#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca
#60 – Vai faltar papel pro gibi?
#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo
#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor
#57 - Você vs. a Marvel
#56 - Notícias aos baldes
#55 – Marvel e DC cringeando
#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.
#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio
#52 - O direct market da Hyperion
#51 - Quadrinhos que falam oxe
#50 - Quadrinho não é cultura?
#49 - San Diego é hoje
#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso
#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990
#46 - Um clássico POC
#45 - Eisner não é Oscar
#44 - A fazendinha Guará
#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade
#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos
#41 - Os quadrinhos são fazendinhas
#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo
#39 - Como escolher o que comprar
#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal
#37 - Desculpe, vou falar de NFTs
#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade
#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem
#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional
#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne
#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil
#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso
#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua
#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo
#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel
#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil
#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio
#25 - Mais brasileiros em 2021
#24 - Os brasileiros em 2021
#23 - O melhor de 2020
#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo
#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries
#20 - Seleções do Artists’ Valley
#19 - Mafalda e o feminismo
#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos
#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo
#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?
#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil
#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee
#13 - Cuidado com o Omnibus
#12 - Crise criativa ou crise no bolo?
#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix
#10 - Mais um fim para o comic book
#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca
#8 - Como os franceses leem gibi
#7 - Violência policial nas HQs
#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje
#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês
#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics
#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona
#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler
#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee
(c) Érico Assis